Editorial 23-01-2021
A dúvida voltou e a mesma pergunta repete-se “Quem sou e o que faço aqui?”
A existência perturba todos os sentidos e invita à reflexão. Talvez… Sim. Não. Quem saberá?!
Supomos que o tempo nos ajudará a responder a todas as interrogações que nos visitam.
Quando somos crianças descobrimos o Mundo e aprendemos a existir na idade dos “porquês”.
Quanta ignorância, quanta inocência, quanta felicidade!
Quando tudo nos parece inofensivo, belo e interessante eis que se acorda para certas realidades e aí, dizem-nos que nada é como dantes. Entramos na fase dita complicada e controversa “a pré-adolescência”. E tudo bascula para um universo desconhecido e um pouco assustador. O estranho e o estranhamento desafia qualquer Ser e, de uma só vez, perdemos o medo e ganhamos a esperança de que amanhã será diferente, talvez melhor. Sempre a dúvida e as perguntas que invadem o nosso pensamento. Mas quem conhecerá o fim da estória? Eu que não sei nem quem sou, vou lá saber dizer-te o que fazes aqui! Nem tudo está perdido. Basta acreditar,,,
E nas brumas da memória reencontramos as transformações “morfológico-sintácticas” da nossa raiz quadrada. Mas que desalinho e que caminho de fada iremos encontrar? Dúvidas e mais dúvidas que nos atormentam e nos fazem de-crescer. Tudo passa com o tempo, seja ele quem for!
Após lugares inflamados pelas idades passadas, as coisas que foram não serão jamais as mesmas.
Recuso-me a olhar pelas costas e prefiro respirar fundo, suprimir um pouco de volume e dirigir a minha atenção bem longe.
Encontro-me várias vezes e ainda me pergunto “Quem sou eu e o que faço aqui?”
Autoria de Sofia Geirinhas
A poetisa de pé-descalço
Cébazat, dia 23 de Janeiro de 2021
Imagem retirada da net