Editorial 28-09-2019
Quem diria?
O caso de Tancos é uma perseguição ao PS , diz o partido. É preciso ter lata, muita lata mesmo.
Andava Costa por aí a vangloriar-se das “contas certas”, que afinal são falsas, e a dar como adquirida uma vitória retumbante, e agora é vê-lo, melhor, sabê-lo escondido, receoso das arruaças que se fazem a gente de mau carácter, ou, melhor, considerada de mau carácter.
Rio falava pouco e sorria com prudência. Sabia que Costa tinha, e tem, a grande maior dos “media” a seu favor, mas esperava, seguro, a bronca que “Tancos” ia despoletar. E aconteceu.
Não podendo esperar mais tempo, o MP teve de fazer acusações, e vieram a conhecer-se as artimanhas de um ministro de espinha torta, e da possibilidade do chefe, primeiro ministro por golpe palaciano, também ter tido conhecimento das golpada, ou das golpadas que a polícia judiciar militar congeminou com o possível e passível conhecimento do chefe máximo do ministério.
O reboliço é grande, e Costa deu “baixa”. Nada de rua, que a temperatura pode aquecer…
Com os golpes de rins que o celebrizaram, não duvido de que Costa reverta a seu favor a passividade de Marcelo, que, no meio da borrasca, apenas afiançou que o Presidente da República não é nenhum criminoso. Pois não. Também creio que não; mas em relação a que crime?
Diz o autor da frase que “O papagaio-mor do reino” se não referia a Marcelo. Pessoalmente, acredito que não; mais, penso que o alvo seria Costa, ou Marques Mendes como para aí corre, o que leva, mais uma vez, indirectamente a Marcelo, o “dono”, diz-se, do papagaio Mendes, parente ainda de Fernão Mendes Pinto, o tal do “Mentes?”, “Minto”.
Daqui até às eleições muita tinta vai ainda correr, muita chaga se vai abrir, e, se Rio atacar em força – resta saber se lhe interessa governar um país falido! – talvez s vitória lhe apareça de mau beijada.
Costa ou Marcelo, qual deles cairá?
O melhor é adiar as eleições, e, para esquecer o assunto, voltar ao tema da “carne de vaca” nos refeitórios da Universidade de Coimbra. Sim, porque este é que é um problema importante, arrasador, de lesa pátria, a fazer correr rios de tinta; Tancos, pelo contrário, um simples agreiro – argueiro, para os eruditos - na governação geringonçana ou desengonçada do PS e acólitos.
Como diz o povo, aguardemos, porque “até ao lavar dos cestos ainda é vindima”. Só que agora já não há cestos.
ZEQUE
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