Editorial 28-12-2019

Mais um ano

Mais um ano a chegar ao fim, e este é o último número do ano que não da sua vida, pois, se Deus – eu acredito em DEUS – nos der vida e saúde, continuará a entreter os leitores nos que ainda terá de vida, que creio será até a Terra deixar de girar.

Queria que este editorial tivesse sido escrito por algum colaborador – fiz vários convites – pois um editorial feito por mim nunca consegue resistir à criança rebelde que há em mim desde que me conheço: “Zé ruço de mau pêlo” me chamavam em miúdo.

Não foi agradável o ano de 2019. A paixão de Centeno pelas contas certas – nunca estiveram tão erradas! – induzi-o a aumentar os impostos, o que levou a classe média baixa, com a subida galopante do custo de vida, ao limiar de pobreza e os mais desfavorecidos à pobreza, e, a alguns à pobreza extrema; e o não investimento afundou, de modo até agora nunca visto o SNS, bandeira do governo completamente esfrangalhada.

Caloteiro, o governo deve a privados e empresas públicas, um par de boras para quem vier e tiver de pagar; ou seja, dentro em pouco os vencimentos serão insuficientes para pagar os impostos.

Sei que isto é um exagero, mas talvez assim as pessoas percebam a embrulhada em que o governo as está a meter.

Bem na vida estão os corruptos. Apanhados nas falcatruas, remetidos a Tribunal, vêem os seus processos a serem continuamente prorrogados na esperança – para muitos na certeza – de que serão arquivados; outros, devedores à banca, fazem negócios do arco-da-velha, como é o caso, entre muitos, da Global Media, que vê serem-lhe perdoados muitos milhões, sem que se veja qualquer gestor bancário a ir para a cadeia, ou pelo menos, ser citado pelo Tribunal por má gestão.

Esperem mais um pouco e verão rebentar a “bolha” no futebol.

O ataque aos incêndios, com a falência dos meios aéreos – quem lucrou com os contratos? – foi um desastre, as cheias, uma dor de cabeça. Neste país – ou ainda país que é mais dos estrangeiros que dos portugueses! – não se sabe lidar com as forças da natureza, ou pelo menos, prevenir: não verificar pontes, barragens e muros não dá bom resultado: no caso do baixo Mondego até talvez haja mais que isso.

Com o mar a subir – parece que só na cabeça do “bruno de Carvalho” – o ministro quer afastar as populações do riba-mondego para locais mais distantes das água; esquece-se, porém, de Cascais, Lisboa e outros locais. Penso que, nas previsões do ministro entra a volta a Coimbra da capital do país.

Bem, TANCOS… A guerra das PJs, civil e militar, estás ainda para durar; contudo, já queimou um ministro que não sabia de nada, que nada comunicou ao seu chefe, tal como este não comunicou nada ao seu presidente. Na verdade, num país onde se sabe tudo, ninguém soube do roubo de Tancos.

Ferro Rodrigues, como presidente da AR, tem sido uma “vergonha” A oposição ao governo eclipsou-se. Haja paciência!

No próximo ano o país terá como PR Costa e como primeiro ministro Centeno. Marcelo, o presidente dos afectos e da proximidade, que se cuide.

Depois da má língua, o meu agradecimento sincero aos leitores do jornal, e, de modo muito expressivo, a todos os que nele têm publicar textos.

Uma palavra especial de agradecimento para quem o compila para ser dado à estampa.

BOM 2020. SAÚDE E PAZ.

ZEQUE