Editorial 28/03/2025

EDITORIAL 28 03 2025

O SORRISO DE DEUS

Independentemente da crença de cada um, a frase que diz: “vê-se o sorriso de Deus quando nasce uma criança” provoca-nos um sentimento de beleza poética. Acredito que toque até algumas pessoas mais insensíveis e mais materialistas.

O nascimento de uma criança é sempre uma nova aliança com algo muito acima da compreensão dos seres humanos. Continuamos cá e ainda não foi desta que terminamos com a nossa espécie. Sem a arrogância de nos acharmos em completo controle de tudo o que nos acontece na vida, é-nos permitida a estadia neste planeta para podermos corrigir os erros anteriores e fazermos melhor. Como uma esperança que nos inunda o coração.

É esse o sentimento que temos quando nasce uma criança. Talvez seja este sentimento a base de qualquer cultura. A admiração, a esperança e a fé na humanidade despertada pelo nascimento de uma criança. É a Cultura humana no seu melhor. O amor carnal que se transforma em amor filial é o logos para compreensão do ser humano.

É a família que apoia cada um dos seus e cada um dos outros. Todo este principio é a única estrada para comermos do fruto da segunda árvore proibida do Éden. Só estando certos da Cultura humana é que entendemos o verdadeiro significado do todo humano.

Mas cada vez mais a “cultura” em Coimbra afasta-se da Cultura do todo humano. Sendo transformada em meio de emergir em interesses mesquinhos que vão em sentido oposto à abertura da Cultura a mais pessoas. Nesta análise da “cultura” em Coimbra iniciamos com o artigo «MALDIÇÃO NO S. FRANCISCO», onde contamos o processo de saída dos cinco programadores num dos maiores equipamentos culturais nacionais que é o Convento de são Francisco em Coimbra. Temos o equipamento, mas talvez esteja muito mal administrado.

Mais importante do que se pode imaginar a Cultura é, a par com a Educação, o alicerce de qualquer sociedade democrática. Por isso trazemos o artigo « CULTURA COMO ARMA CONTRA A DITADURA».

Sem alarmes, mas com realismo trazemos o artigo «PERTO DE PORTUGAL PERDER A EDUCAÇÃO» para que possamos pensar em termos do que desejamos para o nosso país. Perto de novas eleições Legislativas convém pensar se desejamos um país de operários indiferenciados ou de gente criativa que encontre novas soluções para os muitos problemas que existem e os que se adivinham pelos andamentos do Mundo.

De uma maneira mais leve, na aparência, apresentamos o artigo «OPINIÃO SEM CHOCOLATE» que nos trazem novidades nos contrastes dos comportamentos humanos. Ainda no registo da Cultura.

Como as eleições Legislativas estão à porta, convém fazermos uma reflexão sobre o peso político nacional que representa Coimbra. Importante para uma séria reflexão sobre a «IMPORTÂNCIA POLÍTICA DE COIMBRA». As medidas autárquicas criam a possibilidade de termos mais ou menos peso político em termos nacionais. O estranho é que sendo Coimbra uma cidade universitária, formadora de quadros nacionais, tenha cada vez menos importância na política nacional.

Anunciamos um evento cultural com o título «NOTAG E A THE MAD ART GALLERY JUNTAS NUM EVENTO CULTURAL» na cidade do Porto já na próxima semana deste sábado a oito dias. Onde se junta a pintura, literatura e gastronomia.

Abrimos os artigos de opinião com o texto que nos fará refletir da nossa amiga Rosário Portugal com o título «HAJA PACIÊNCIA!».
Depois aliviamos com o artigo de opinião da nossa amiga incansável Manuela Jones, que nos traz «TALASNAL - A ALDEIA PERDIDA NA SERRA E CHEIA DE AMOR» temos esperança que haja continuidade de artigos que possam explorar o interior de Portugal.

Fechamos os artigos de opinião com o texto de Sancho Antunes com o título «ASSÉDIOS E ASSÉDIO» que nos traz a questão do “cyberbullying”. Interessante.

Muitos outros artigos estão aqui apresentados gratuitamente e sem os anúncios a incomodar a vossa leitura.

Assim, terminamos a nossa edição de uma nova Primavera (também ela símbolo de nascimento) desejando que os nossos leitores tenham um bom-fim-de-semana.

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney