Editorial 28/06/2024

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ESTAMOS SÓS?

Poderíamos pensar se estamos sós no Universo, mas isso é uma questão mais poética, na sua sabedoria; ou científica, na sua absoluta ignorância.

A questão, que dá título a este editorial, é mais prosaica. Pois há quem pense “que se nasce só e se morre só”, o que é apenas uma parte da verdade. Nascemos sós, se não tivemos consciência de nós, confesso que não me lembro dessa altura. Mas quando morremos, vamos acompanhados com as nossas memórias com os outros - isto se houver tempo.

A verdade é que no intervalo de luz entre a escuridão em que primeiro aguardávamos o nascimento e depois a escuridão da morte que nos iria receber, devíamos agarrar tanto quanto pudéssemos da realidade. Dessa realidade que nos vai ensinando a estar com os outros para estarmos melhor connosco. Só conseguimos ser humanos se aprendermos com os outros a ser na comunidade e na natureza. Não há humano que não tenha aprendido com outros humanos. É isso a riqueza e a importância absoluta da Cultura. E nunca se está só na Cultura.

Somos todos interlocutores na construção da Cultura que irá receber todos quantos irão nascer. Por isso, também a importância de participarmos na comunidade, pois não podemos ser humanos sem sermos políticos (isto diferente de sermos ‘partidários’)

Assim, não podemos ficar indiferentes em relação aos «MÉDICOS DO SNS PEDEM SOCORRO» - um artigo de O Ponney escrito pela nossa estimada colaboradora Manuela Jones. Um artigo que nos apela à solidariedade.

Por outro lado o artigo «54 MIL EUROS PARA ENCHER A BARRIGA, EM COIMBRA» denuncia a falta de solidariedade de quem tem poder para melhorar a vida dos portugueses. Levantamos questão sobre a missão da Entidade para a Transparência.

A necessidade de solidariedade em relação à Ilha da Formosa, a mais conhecida por Taiwan, é urgente para Portugal. Se se revisita a História de Portugal, então é necessário que os negócios estrangeiros portugueses não se fiquem pelas questões de lugares na Europa.

Em absoluta contradição está o despesismo do Estado em contraste com o facto de haver «MAIS INSTITUIÇÕES DE APOIO SOCIAL, MAS TAMBÉM MAIS POBREZA». Um artigo para ler e para refletir sobre a exigência que devemos fazer ao Estado.

Terminamos esta secção de destaque com uma pergunta: «QUANTO CUSTA UMA HABITAÇÃO SOCIAL EM COIMBRA?». Este é o título do artigo, escrito com o objetivo de iniciar uma reflexão séria, sobre um certo apoio social que tem pouco de transparente.

Na liberdade de opinião, que é o verdadeiro espírito de O Ponney, damos espaço a Carla Marques para que nos diga de sua opinião. Pessoalmente não me identifico com extremismos políticos, mas o espírito de Liberdade não pode ser condicionado pela nossa visão. Por muito que acreditemos que a nossa postura é a mais correta e que possuímos a verdade absoluta, o sentido da Democracia é a tolerância pela opinião do outro, por muito que discordemos. Vale a pena ler o artigo de opinião «A DEMOCRACIA É UMA ARMA DA BURGUESIA».

Sancho Antunes, que está de férias e ainda assim nos enviou um artigo de opinião, faz-nos refletir com a pergunta «CRÍTICA OU FUGA?». Que é como quem pergunta: “sai de Portugal ou fica aqui a lutar por um país melhor”. Somos da mesma opinião, neste caso, nós defendemos resistir e defender Portugal. Não basta abanar a bandeira nacional em momentos de futebol internacional. Vamos refletir.

Manuela Jones, traz um artigo que levanta uma questão pertinente reclamando repensarmos a sociedade tecnológica sobretudo para os mais idosos. O artigo «IDOSOS E COMPUTADORES revela esta velocidade na adoção da tecnologia que deixa de lado a maioria dos idosos. É um alerta vermelho.

Muitos artigos temos para explorar nesta edição de O Ponney.

Este é a última edição de O Ponney em Portugal. A partir desta próxima sexta-feira e nas seguintes até Setembro 2024, O Ponney vai ser publicado digitalmente do Brasil.

Desejo-vos bom fim-de-semana.

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney