Editorial de 23-11-2019

Quem acode?

Afastada da cidade e da academia, dividida dentro de si intersócios, a Académica atravessa um momento muito difícil, perigando a sua existência.  E tudo seria tão fácil de resolver caso as pessoas quisessem e soubessem dialogar sem a insensatez de virgens ofendidas, se soubessem reflectir e reconhecer que erraram, e que todos os sócios juntos, mesmo em uníssono, não serão demais para reerguer uma associação que merece outra posição no panorama futebolístico português, infelizmente cada vez mais corrupto, indigno de uma sociedade civilizada.

Apelar à cidade – civil e académica – urge!

Com a subida perdida de vista, ainda que apontada para isso no início da época, a equipa da Briosa viaja pela parte fundeira da tabela; outrossim, foi afastada da chamada Taça da Liga; restava-lhe a Taça de Portugal. Contudo, esta também voou; melhor, foi-lhe, nesta fase, rapinada por um árbitro cuja idoneidade e escrúpulos ponho em dúvida. A Académica não merecia perder, antes pelo contrário. O Famalicão, que milita na I Liga, parece pertencer a um tal Jorge Mendes que é o “dono” do futebol caseiro. Percebam o que eu quero sugerir. 

Polícias desfardados na rua. Milhares e milhares; e embora não o queira admitir, o governo começa a borrar-se… Até porque, enfermeiros e médicos parecem querer seguir-lhes o exemplo. Calados estão os professores de Mário Nogueira.

O serviço nacional de saúde, que a trupe governamental apregoa de boa saúde, não tem dinheiro para mandar cantar um cego: num hospital, já na maca e na sala de operações, um doente foi devolvido à procedência porque não havia sangue para possíveis transfusões; os jornais noticiam que só há sangue no sns para mais quatro dias. Faltam médicos, as instalações estão cada vez mais degradadas, uma pobreza franciscana.

A corrupção aumenta: quase não há em que não apareça um suspeito, alguns até ligados ao próprio governo. Uma infâmia, já se vê!

Assim vai este país, a não haver uma inversão que vai custar os olhos da cara aos contribuintes, a caminho do pântano.

Nem tudo é mau: a Universidade de Coimbra, pelas melhores razões, continua a ser notícia em todo o mundo ocidental. Assim fosse o resto do país e da cidade não académica.

Ah! Glória das glórias, Jesus é herói no Brasil. E porque não queremos ficar atrás de Marcelo, a malta do Ponney também o felicita pelo feito futebolístico.

BOA SEMANA PARA TODOS. 

ZEQUE