TEIAS DE VÍCIOS!

TEIAS DE VICIOS4

 

Hoje em dia, uma das grandes preocupações das pessoas que têm a seu cargo adolescentes são os vícios que colocam a saúde das gerações mais novas em risco. Estes vícios incluem, a ingestão de álcool, tabaco, drogas, mas também a utilização excessiva da internet.

É assustador tomar conhecimento de que se tornou comum entre os jovens de 13 e 14 anos experimentar substâncias como o álcool, o tabaco e até mesmo as drogas. Assim que os jovens entram nas idades em que maioria dos pais autorizam as saídas à noite, observa-se aí o momento em que o consumo se torna mais frequente.

A partir dos dados que foram apresentados pela Saúde Global, verificou-se que 4.2% da população portuguesa depende, ou tem um consumo excessivo de álcool, estando o país a liderar o ranking mundial per capita de maior ingestão de vinho.

No outro lado da “teia”dos vícios: uma pneumologista avaliou que o marketing de cigarros eletrónicos realmente parece estar direcionado a uma faixa etária mais nova, com embalagens que parecem ser de doces, cores apelativas e os sabores por exemplo, de chocolate, morango, etc... para além de que o facto de ser permitido fumar em espaços como nas discotecas e bares, lugares que são usados para socialização, também, entre os jovens, contribui para que estes se sintam na liberdade de o fazer, sem consequências imediatas.

Apesar de continuarem a serem grandes preocupações e de não ser correto desvalorizar o quão prejudiciais são, a internet é capaz de trazer uma inquietação diferente, visto que é um vício recente não sendo tão específico e material como os outros.

Na internet descobre-se um leque amplo com as mais distintas formas de distração. Sendo a mais conhecida, as redes sociais - uma grande “teia”.

A quantidade de jovens utilizadores das plataformas virtuais em Portugal supera a média europeia de 78% em 8%, sendo que pelo menos 90% tem vindo a usar desde os 13 anos.

Um estudo realizado pela Dove no âmbito da iniciativa Projeto Dove Pela Autoestima, veio trazer bastantes informações a respeito dos perigos deste vício. Ao contrário dos acima mencionados, a internet causa transtornos e problemas psicológicos menos visíveis, portanto, mais difíceis de reconhecer. Com este estudo uma das informações que se obteve, foi de que em 10 jovens, 8 preferem comunicar através das redes sociais, do que ter que falar pessoalmente.

Apenas dois em cada cinco conseguem reconhecer o impacto negativo que as redes sociais têm na sua cabeça, com os padrões irrealistas de modelos de vida com que são constantemente bombardeados, com comentários impiedosos sobre características que se distinguem do comum e muitas outras críticas destrutivas que levam o rótulo de “conteúdo tóxico”.

Embora as redes socias “arrastem” consigo estas facetas muitíssimo alarmantes, o sangue mais novo continua incapaz de se desprender e assumir o mal que a internet provoca. Sentem-se incapazes de cortar por completo a sua dependência.

Pois mesmo com todo o desconforto e sentimentos negativos provocados pelo que se encontra online, que atinge o público jovem sem quaisquer filtros, os jovens têm dificuldades em imaginar um mundo sem esta facilidade que é a internet.

No estudo da Dove mencionado anteriormente, a palavra também foi dada aos pais dos jovens que participaram no estudo. Mais de 85% dos quais afirmaram que as redes sociais deviam ser alteradas de modo a promover uma experiência mais positiva à juventude, e que é preciso recorrer a leis que responsabilizem as plataformas por quaisquer prejuízos causados na saúde mental dos jovens gravemente. Também eles incapazes de lidar com esta “teia” de vícios.

ASLG