CPLP E O APOIO A MOÇAMBIQUE

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 A CPLP deixou dito que não descarta apoio a Moçambique para rechaçar os ataques terroristas no Norte do País.

É uma opinião isolada de um oficial de marinha da CPLP, por sinal brasileiro.

Não acredito nessa possibilidade, conhecendo as altas patentes moçambicanas, quer as político-governamentais quer as militares.

Mas Moçambique apresenta elevadas fragilidades nas suas Forças Armadas, porquanto tem pouco material de guerra e, mais sério, o número de elementos dos 3 Ramos, é incipiente. E acrescento: os fracos vencimentos, a que se soma um atavio de fardamento sem precedentes, tem levado a uma elevada percentagem de deserções. Ora, umas Forças Armadas pouco ou nada organizadas não podem travar as investidas dos que se decidiram designar "insurgentes". Na verdade são terroristas. Esta palavra não se transcreve porque acaba por trazer engulhos à Frelimo e ao regime de Moçambique...

Os políticos e governantes e, também, os militares moçambicanos, pelos seus exemplos e pelo passado, não estão dispostos a mostrar as suas fraquezas e nem tão pouco se pretendem dar como sensibilizados, do ponto de vista da articulação-organização da Nação, para terem colaboração nesse particular.

Não nos podemos esquecer que a Rússia colocou material de guerra e instrutores no terreno moçambicano, assim como a China estará interessada em seguir as mesmas pisadas.

Moçambique vê com melhores olhos as ajudas desses dois Países, do que os que possam surgir do universo da CPLP.

Não deixa de ser intrigante e até misterioso esta inclinação, por parte de Moçambique. Mas o seu passado recente, ancorado na ideologia comunista maoisto-chinesa, acaba por dar força a essa manobra...

Moçambique teria mais a ganhar com uma força composta por forças militares da CPLP, dado que a língua é comum, o que não deixa de ser um factor demasiado importante para a manobra de toda a estrutura das Forças Armadas desse conjunto de Países. E o enredo "colonial"... acaba por ser uma marca importante, a favor da CPLP, porque, e neste tempo e ora, está desapegada desse factor histórico.

Os outros, Rússia e China, têm tiques de neocolonialismo... 

Imagem da net

                                                                                                                                                                                                                                            António Barreiros