E DEPOIS DO ADEUS
Apesar do sorriso amarelo, parecia sensualmente feliz, mas perdia a sua omnipotência e fazia-se humilde, negando com os movimentos,
aquilo que acabara de afirmar.
Falsas tréguas! Não há protestos, pedidos de demissões, nem tão pouco manifestações. Ouve-se, apenas em surdina, o grito abafado dum Mundo que está confinado.
E a balança faz pender o ponteiro em benefício do merceeiro. Neste Mundo digital impera a lógica do analógico e continua a ser o dedo mindinho a servir de contrapeso, sub-repticiamente! Impera a força do medo, como no velho provérbio "vão-se os aneis, fiquem os dedos". Alega-se a inclusão, suportada pela exclusão da maioria do Povo, partindo do particular para o Universal, sem qualquer pudor, no aberrante processo da regressão!
Esbatido pelo passar do Tempo, fica "o Povo é quem mais ordena", que nunca será pela força das Armas, mas pelo voto nas Urnas, Democraticamente!
E quem vence pelo rancor, será muito mais derrotado do que vencedor.
É tudo uma questão de tempo!
Apesar do sorriso amarelo...
Luís Constantino