GRUPO DE MALFEITORES PARA COIMBRA

TOPINHAS23

 

Coimbra, nos últimos anos, tem tido o que se chama em linguagem de rua “um azar do caraças” com as lideranças do município.

Justifica-se este mal estar, em Coimbra, com o facto indesmentível da cidade encontrar-se numa situação de grande debilidade de lideranças responsáveis, com impacto na decrescente importância que o Concelho, até o Distrito, estar a nível nacional como “área esquecida”. Toda esta debilidade de Coimbra resume-se à eleição de apenas 9 deputados para a Assembleia da República a nível distrital e assim continuar, independentemente dos auto-elogios dos executivos municipais. A mediocridade é grande. Por isso Coimbra vai perdendo a possiblidade de se afirmar na política nacional.

Esta queda de importância, também, se deve ao facto de os partidos políticos, em Coimbra, sofrerem de uma submissão aos poderes centrais de Lisboa. Perdendo a coragem para defender a região. Ou porque os filiados são amordaçados pelas estruturas concelhias e distritais, ou porque consideram como prioritário a sua ascensão pessoal, esquecendo a razão de filiação partidária, o certo é que é evidente a servidão dos partidos às diretrizes de Lisboa.

Coimbra, para além de ser a primeira capital portuguesa, é central entre Lisboa e Porto, mas é esquecida sem que haja uma estrutura política na sua defesa.

As propostas concretas ficam esquecidas nas gavetas burocráticas municipais, quando se trata de desenvolver o Concelho e o Distrito. Mesmo um movimento que se dizia independente de partidos políticos, acabou por se amarrar a tiranias partidárias, acabando por ficar ainda pior do que as guerrinhas internas partidárias.

A ignorância, o abuso de poder, a corrupção e outras violações às virtudes políticas ficam fora do alcance de qualquer organismo que combata a corrupção e a falta de transparência. Mesmo quando estão localizados em Coimbra.

Parece que tudo fica enterrado sobre uma camada de silêncio servil, ameaças de famílias que se consideram importantes e troca de favores entre iguais e assim continua Coimbra a receber punhaladas nas costas.

Apelo a que os partidos em Coimbra, deixem de ser submissos ao poder central e que se afirmem na defesa da região centro. Temos que acabar com os malfeitores para Coimbra! E isso é uma obrigação individual!

António Pinhas