Perfeito

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após morte de médico que lançou alerta

O evento comunista perfeito: um desastre, alguém que o anuncia, o partido que o manda calar, pois não há desastres no éden, o horror que alastra e se propaga como mancha de azeite, a resposta tardia e atrapalhada, a impossibilidade de esconder, a acusação a quem se limitou a cumprir ordens, a glorificação das “massas”, a denúncia dos reaccionários, o fecho da narrativa com uma citação do glorioso.

E, em tudo isto, sempre, os corpos, os incontáveis corpos alinhados em caixões de pinho em filas a perder de vista.

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José Costa Pinto