À volta de um número

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O Porto em tons de aguarela

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Desafiaram-me a contar o que sentia depois dos 69...

É um número que preferia não ter feito e passado por cima. Confesso que me deixa uns amargos de boca que remédio algum resolve.

2020, ano que gostaria de esquecer e riscar do calendário, vai ficar ligado para sempre ao 69 aniversário desta pessoa farta das cambalhotas dadas até agora.

Sorte que não tarda mudamos de ano e penso que de posição.  

 

 

Não acredito que continuem a pôr os pés pelas mãos para continuarem a deixar a cabeça das pessoas mergulhadas onde não devem. Penso eu...

Qualquer má disposição e é certo sentirmos algo estranho na garganta, boca e nariz. O nariz incomoda-me. Com ou sem cheiro acho que não permito que nada enfiem onde só deve sair. Quer dizer: se um tipo pinga dele e tosse por qualquer pintelho sem importância , é logo olhado de lado como se tal já não tivesse acontecido a quase toda a gente !

Anda tudo louco por uma vacina que nunca vai ser inventada contra a estupidez. Até eu talvez devesse tomar, mas a do Covid, não!

Na hora a que gatafunho isto, passam aqui à minha frente na via pública uma quantidade enorme de gente com a máscara a servir de cachecol. Outros, nos automóveis e de vidros fechados, usam-na nas fuças.

É preciso que as pessoas se mentalizem que a máscara é como um preservativo que deve ser usado somente quando necessário, porque cautelas e caldos de galinha nunca são demais... até porque convenhamos, a coisa precisa de respirar, assim como nós!

Apesar dos apanhados nem saberem que estão infectados e muito menos se sentirem doentes, na sua maioria, o negócio continua, até porque vai ser preciso um bode expiatório para o que por aí pode vir, como muitos analistas e apologistas da desgraça já pregam por aí... não é por nada, mas o outro andou sempre a avisar da chegada do diabo. Todos gozamos e o certo é que veio mesmo.

Até Fátima o teme!

Porra, até já nem a fé nos salva!

Com isto tudo, comecei a divagar e desviei-me do tema: 69 é como se tivesse 68 e espero que seja igual nos 70 e mais...

Sinto-me como sempre. Tudo dói, range, mas aguenta-se apesar da tosse, alergias, cãibras e espirros sem falar numa ou outra caganeira de vez em quando.

É assim a vida e não é a porra de um vírus com medo de água e sabão que vai mudar a coisa... 

José Eliseu