Criadores de galgos vão processar PAN e SOS Animal

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  A Federação Nacional dos Galgueiros (FNG) vai processar o PAN – Partido Animais e Natureza e a SOS Animal por difamação. A associação diz que as imagens partilhadas para acusar os galgueiros de práticas violentas sobre os animais utilizados nas corridas de galgos são falsas.

"Vamos avançar com uma queixa por difamação contra a SOS Animal e o André Silva [líder do PAN]", explicou Nuno Ferreira da Silva, presidente da Assembleia Geral da FNG, em declarações ao Diário de Notícias. "Todas as imagens em que eles se baseiam há anos são retiradas de outros países", acrescentou ainda Ferreira da Silva. Mas a queixa pode ainda ser mais abrangente: "Estamos a preparar uma queixa-crime por difamação para apresentar contra todas as pessoas e instituições que nos estão a considerar uns criminosos", adiantou o dirigente e galgueiro.

Cristina Rodrigues, da Comissão Política Nacional do PAN, que liderou o projeto de lei pela ilegalização das corridas de galgo, refere que o PAN não usou "qualquer tipo de imagem" sobre o assunto. "Nós não deixaremos de lutar pelo bem-estar dos animais", afirma ainda. Já a SOS Animal disse não querer fazer comentários.

"Apoiaremos todas as associações contra as mentiras que têm sido difundidas contra várias modalidades ligadas direta e indiretamente à caça", disse ao DN Jacinto Amaro, presidente da Fencaça - Federação Portuguesa de Caça. "Temos a certeza de que se alguém trata bem de um cão, são os galgueiros. Não pode estar magro, não pode estar gordo", explica.

"Todas as acusações que aparecem sobre treinos violentos com choques elétricos são um disparate. Existem choques elétricos em alguns animais. Nos terrenos agrícolas, em túneis com choque para orientar o gado. Mas se eu aplicasse um choque elétrico num galgo, o animal ficaria completamente perturbado psicologicamente. Se eu um dia maltratar o animal, ele nunca mais me responde", referiu ao jornal Nuno Ferreira da Silva.

Contudo, o parlamento rejeitou os dois projetos do PAN e do BE que pretendiam proibir as corridas de cães, especialmente de galgos, em Portugal.

Os diplomas foram rejeitados com votos contra do PS, do PSD e do CDS-PP.

A favor votaram, além do PAN e do Bloco de Esquerda, o Partido Os Verdes e 12 deputados, a maioria da bancada socialista.

Tanto a legislação proposta pelo BE como a proposta pelo Pessoas -- Animais - Natureza (PAN) pretendia a proibição das corridas de galgos e outros cães. O PAN previa ainda contraordenações para quem não cumprisse.

Ao que consta, os adeptos do PAN e do SOS animais já se ofereceram para substituir os pobres animais, tão explorados são pelos homens.

Aguarda-se, com alguma expectativa, quem se oferece para as toiradas.

Imagem retirada da net