IMPENSÁVEL EM DEMOCRACIA

cdu-cascais-candidato.jpg

No Facebook, o Vereador da Câmara Municipal de Cascais, eleito pelo Partido Comunista, Clemente Alves,  pessoa já por si polémica, veio dizer que gostava que o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, morresse.

Não conheço um nem outro  e não sou munícipe de Cascais. Confesso que fiquei alarmado com uma declaração desta natureza, por parte de um autarca eleito num regime democrático. Por momentos considerei que o tal Clemente Alves está demente. Parece que não porque o senhor continua em funções. Pensei melhor e pensei que o tal Clemente era assessor do Presidente da Coreia da Norte. Também não porque é português, vive em Portugal e foi eleito para a Câmara de Cascais, pelo Partido Comunista.

Quando todos andamos a combater o coronavírus, um imbecil, sim só pode ser imbecil, vira a agulha e diz algo impensável em democracia. Em democracia podemos e devemos criticar os nossos opositores quando não concordamos, de acordo com a nossa consciência, mas sempre com respeito. Em democracia não se vive em guerra, para se desejar a morte de alguém. Qualquer ser humano com valores e princípios jamais pode desejar a morte de alguém. Esta declaração é simplesmente repugnante e inadmissível no Portugal democrático do Século XXI. Parece-me que este  senhor Clemente Alves deve pedir desculpa pela sua declaração e retratar-se ou caso não o faça, o Partido Comunista, como partido democrático, deve retirar confiança política ao Vereador da Câmara Municipal de Cascais. A humildade democrática e a ética republicana assim o exige.

Imagem retirada da net

João Patrício