O Pinhal de Leiria - A culpa foi de D. Dinis

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Ironicamente 


  Foi uma ideia original de D. Afonso III e de seu filho D. Dinis,
plantador de naus a haver. Estúpidos e meio boçais, nunca apresentaram um
Plano de Ordenamento e Gestão Florestal. Depois deles, o filho da mãe do D.
Afonso IV não mandou fazer estudos topográficos e geodésicos. D. Manuel I,
desmiolado, esqueceu-se de estudar os resíduos sólidos e os recursos
faunísticos. D. João V, esse palerma, desprezou os avanços da
bioclimatologia e da ecofisiologia das árvores.


   A maluca da D. Maria I não percebia nada de biologia vegetal e da
diversidade das plantas. No fundo, era uma reaccionária.  O resultado de
sete séculos de incúria está à vista: ardeu tudo.  Há-de ali nascer um novo
pinhal, após rigorosos estudos académicos e científicos. Em vez do
bolorento nome de Pinhal de El-Rei, irá decerto chamar-se Complexo
Bio-Florestal 25 de Abril, com árvores de várias espécies para assegurar a
pluralidade, esplanadas e bares, passadiços, zonas culturais — e uma
ciclovia asfaltada da Marinha Grande a São Pedro de Moel.  Estou certo de
que o projecto assentará numa "visão pós-moderna da natureza" e no
"conhecimento da dinâmica dos sistemas vivos", além da “capacidade de
análise e interpretação da paisagem como meio influenciador do homem”.  Bem
vistas as coisas, tivemos muita sorte."  Bruno Santos


NOTA: O que me espanta é como foi possível. Tantas centenas de anos sem
aviões para apagar fogos, sem SIRESP, sem carros de bombeiros, sem
autoridade (?) da protecção civil e sem diversificação das espécies … e só* *há
pouco* *é que ardeu !!!