PORTUGAL PODE SER MUITO MAIOR

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A crescente desilusão sobre os muitos Governos de Portugal convém termos uma atitude mais confiante. Afinal de contas uma atitude de descrença não ajuda ao desenvolvimento de Portugal.

Por isso lembramos o livro da autoria de Jaime Ramos com o título «SOBRESSALTO PELA ESPERANÇA - APELO AOS MAÇONS E A PATRIOTAS» que foi lançado no dia 17 de Outubro de 2023 (faz hoje 2 anos), no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC) – Coimbra Business School em São Martinho.

O livro parte de um parágrafo que contém um desejo otimista dizendo «Portugal pode ser um dos países mais prósperos do mundo.» continuando nesta linha de esperança otimista que contraria o pessimismo latente de um povo em que mais de metade da população ativa ganha menos que 800 euros mensais.

Mas se o otimismo é a base, acaba por apelar a todas as pessoas para se envolverem mais nos destinos do que desejam. A esperança é para com todos os portugueses e para com duas instituições que têm mais responsabilidades na mentalidade portuguesa. A designar: a Igreja Católica que tem que fazer a sua pesada penitência sobre os atos errados (como a História dos Tribunais da Inquisição ou, mais atualmente os casos de pedofilia), mas continuar em frente ajudando os portugueses na reflexão e no exigir de dignidade e solidariedade; as lojas maçónicas são convidadas a sair das “catacumbas”, para usar uma expressão do autor e aproximarem-se de todos para uma reflexão de cidadania e de justiça.

Considera o autor que houve um erro na capa do livro e que faltou mencionar a Igreja Católica.

A apresentação deste livro, que é mais um manual para reflexão das questões portuguesas, teve como testemunhas principais o Presidente do ISCAC - Professor Doutor Alexandre Gomes da Silva; Rui Rio economista e ex-Presidente do PSD e Francisco Assis, ex-deputado europeu e membro do PS.

O Ponney esteve na apresentação de um livro que tem uma escrita fluida, que usa uma linguagem exata que não necessita de palavras fora do comum o que torna este livro acessível a qualquer pessoa.

A simplicidade tem como grande função a de levar a que todos nós possamos fazer uma reflexão profunda sobre os problemas de Portugal. O livro ensina que cada um tem mesmo uma voz e que esta não deve ser apagada por questões de hierarquia social, por divisão de formação escolar, ou por separação económica.

Jaime Ramos levanta questões urgentes como os aumentos dos impostos, mas onde falta o Estado dá cada vez menos condições aos portugueses. Onde as questões da Justiça, da Saúde, do Ensino e dos apoios sociais são cada vez mais problemáticos e com cada vez mais problemas.

Jaime Ramos, sabe bem do que fala por experiência própria pois criou a ADFP- Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, a mais inclusiva e eclética organização nacional onde o seu trabalho está bem espelhado nos apoios sociais.

O Presidente Alexandre Gomes da Silva referiu-se resumidamente ao livro de Jaime Ramos como um livro que “incentiva ao pensamento crítico, ajudando à discussão política na sociedade. Este livro faz a diferença».

Rui Rio usou o discurso mais leve e brincou, dirigindo-se ao autor «Não quero fazer uma lista exaustiva do que concordo ou não com as medidas propostas no teu livro, Jaime. Mas eu estou de acordo a 100% com o que aqui propões. Discordo de algumas medidas, por exemplo que a Justiça está mal, mas estou em desacordo com a insuspeita da Polícia judiciária». O que arrancou uma enorme gargalhada do público. Depois de maneira mais séria referiu que a sociedade mudou muito desde 1974 até aos dias de hoje. Lembrou que o “afastamento entre as pessoas e a política nos levam para um sistema de ditadura onde as pessoas não são convidadas a pensar em política”. Considerou também que todos os poderes são escrutinados exceto o poder Judicial.

Francisco Assis, por sua vez lembrou que Jaime Ramos foi eleito como o mais novo Presidente de Câmara e que a sua carreira é de uma enorme experiência política. Referiu que a investigação cientifica portuguesa está mais desenvolvida do que nunca. Apesar de não referir a questão dos dos investigadores científicos estarem sem possibilidade de carreira e viverem sem qualquer condição laboral.

Francisco Assis apelou para não haver uma radicalização partidária, dado que Portugal reduziu as suas exportações de calçado e vestuário, mas que a exportação portuguesa está a mudar para melhor.

A tónica de Francisco Assis foi o de colocar a “discussão política no ponto onde o adversário político não se pode transformar em inimigo” referindo que “Só deixamos de ter radicalização na discussão política se houver mais discussão e soubermos ouvir o outro.” Acrescentando “ Quem não pensa como eu talvez tenha alguma razão”- como exemplo para incentivar o diálogo.

Por fim falou o autor, Jaime Ramos, que considerou que “Portugal entre 1960 até à década de 90 cresceu. Esta provado pelas imensas estruturas que Portugal tem por todo o país, mas que fomos perdendo o poder do PIB em relação, por exemplo, à Roménia. Apesar de Portugal ter as infraestruturas que a Roménia não tem, a pouco e pouco vai perdendo economicamente com o o enfraquecimento económico que Portugal está a ter”. Referindo-se à política regional considerou “quando olhamos para os Concelhos constatamos os erros absurdos. Gasta-se muito no circo. Enquanto os presidentes ganham sempre 3 mandatos seguidos. Muitas vezes por opção do menos mau.”

O autor, Jaime Ramos, referiu também que “não temos fraternidade pública e está a acentuar-se” Considerando que “começa a haver cada vez menos voluntários para os Bombeiros Voluntários” e deixou a pergunta “Como saímos disto?”.
Dando a resposta do que lhe parecia correto: “As organizações morais devem iniciar a discussão. A Igreja Católica que deve alertar as pessoas para esta solidariedade. A Maçonaria, como organização moral (nem todas - acrescentou), mas está na hora de saírem das catacumbas e vir participar com todos. “

Jaime Ramos fechou com uma ideia importante, que é desenvolvida no livro: « O livro é um convite a não termos medo de dar a nossa opinião. Temos de ter a coragem de dar a nossa perspetiva sem medo de nos colocarem uma “estrela” no braço como os nazis colocavam a quem pensa diferente».

JG

17-10-2025