RESPONSABILIDADE POLÍTICA

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Inequivocamente, a responsabilidade do acidente ferroviário de ontem, em Soure, é pulhítica!

Os sucessivos governos, desde há décadas, têm feito a gestão exclusivamente política das Estradas de Portugal, EP e da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, EP, com sucessivas reestruturações para “remediar” desastres de passivos sempre a acumular, com continuada perda de especialistas, e, sempre, sem sustentação em estudos independentes que fundamentassem tais decisões ditadas pela conveniência política – dados a dimensão dos respectivos orçamentos e “poleiros” em extensas estruturas intermédias e de topo, alimentando uma permanente guerrilha entre sindicatos ligados às máquinas partidárias.

O último exemplo foi o da fusão que originou a IP. Os que teriam alguma formação de tarimba e experiência acumulada, foram sendo submetidos a sucessivos processos de reforma antecipada.

Agora, à pressa e sem recurso a uma entidade independente e capacitada para levar por diante o adequado e indispensável inquérito, procura-se um bode expiatório, sem que o pedrito tenha a coragem e discernimento de assumir que, para além das duas vidas perdidas e demais vítimas, são milhões as vítimas atingidas por mais um golpe no Erário Público, pois os Contribuintes não têm seguradoras que os cubram deste tipo de riscos a que se submetem as empresas públicas.

Perpétua Paciência