“Carpe Diem”
O Ar parecia espantosamente leve, ainda a noite mal tinha adormecido e a madrugada tinha deixado os despojos, solitários, espalhados pela calçada. Vultos inúteis e cambaleantes afundavam-se no nevoeiro! Nos muros cobertos de musgo sem cor, lia-se- "Carpe Diem". O "contrassenso" bem intencionado, de Walt Whitman.
Adormecem os infractores, sob o manto agridoce da fumarada e dos vapores etílicos, enquanto, lentamente, o Sol se espreguiça pelos telhados do casario. O "Carpe Diem" não passa de um bonito poema que nunca leram...nunca lhes foi ensinado! Nem o respeito por aqueles que cedo trabalham!
Luís Constantino