MISTÉRIO DA PAPISA JOANA

MISTÉRIO DA PAPISA JOANA

Os historiadores não conseguem encontrar uma prova irrefutável, a favor ou contra, a nomeação de uma mulher como Papisa.

Mas os indícios da sua existência são numerosos em documentos escritos, apesar de cronologicamente posteriores. O mistério adensa-se quando existe um monumento na cidade de Roma onde se vê uma estátua de uma donzela com uma criança ao colo e a inscrição “Parce Pater Patrum, Papissae Proditum Partum” (numa tradução mais livre quererá dizer algo como “Poupe o Pai dos pais, a traição do parto da Papisa”).

Considera-se que o testemunho mais importante vem de Martinho de Opava (meados do século XIII), onde o Papa Clemente IV facilitou ao capelão papal o acesso a documentos secretos guardados no Vaticano e que confirma a existência da Papisa.
Apesar da recusa oficial do Vaticano em aceitar a existência de uma mulher como Papa, mesmo nos dias de hoje, não impediram ao cronologista papal alegar a veracidade da Papisa Joana num dos documentos mais importantes “Chronicon Pontificum et Imperatum”.

Afirmou em documento Martinho de Opava que Joana teria nascido na cidade de Mainz, na Alemanha, filha de um casal inglês aí residente à época.
Na idade adulta, conheceu um monge, por quem se apaixonou. Foram ambos para a Grécia, onde passaram três anos, após o que se mudaram para Roma. Para evitar o escândalo que a relação poderia causar, Joana decidiu vestir roupas masculinas, passando assim por monge, com o nome de Johannes Angelicus (João Inglês), e teria então ingressado no mosteiro de São Martinho.

Conseguiu ser nomeada cardeal, segundo as fontes, João, em virtude de sua notável inteligência, foi eleito Papa por unanimidade após a morte de Leão IV (ocorrida a 17 de Julho de 855).

Apesar de ter sido fácil ocultar a sua gravidez, devido às vestes folgadas dos Papas, acabou por ser acometida pelas dores do parto no meio de uma procissão numa rua estreita, entre o Coliseu de Roma e a Igreja de São Clemente, e deu à luz perante a multidão.
Uns documentos referem que foi morta no local onde se encontra o monumento, outros documentos referem que foi considerado milagre, mas que faleceu mãe e filho durante o parto.

De qualquer forma foi denunciada pela gravidez. O que não é de estranhar são os inúmeros casos de mulheres que, ao longo da História, se fazem passar por homens para aceder a cargos vedados ao sexo feminino.

Deixar em aberto esta possibilidade de ter existido uma mulher entre os inúmeros Papas da História faz mais sentido do que a sua completa inexistência.

Levanta-se uma questão interessante: será que nos documentos confidenciais do Vaticano se encontra mais informação para o esclarecimento deste mistério?

AF