SOBREVIVÊNCIA E PREPARAÇÃO XXXVIII

SOBREV XXXVIII

 

Tipos de personalidades das quais se deve manter alguma distancia.

Os Preppers que se identificam são raros, representando aproximadamente 6% da população ativa. A reputação dos preparadores diz que criam confiança e lealdade com outros, são educados e atenciosos, evitam os padrões duplos e produzem um trabalho de alta qualidade e livre de erros. Por outras palavras, os Preppers são pessoas de confiança que têm um forte desejo de previsibilidade e estabilidade. Estes têm tendência a agir com uma atitude de segurança em primeiro lugar e gostam de estar preparados para todos os cenários possíveis.

Dizem que estes são defensivamente pessimistas, motivados pelo medo e procuram ambientes que sejam estáveis e previsíveis. Que são pessoas introvertidas, mas eficazes quando conseguem manter as suas emoções sob controlo.

Se tem um perfil de personalidade Prepper, deve reconhecer que muitas pessoas há sua volta são menos cautelosas e mais confortáveis a correr riscos do que você.

Hipoteticamente falando, o mundo como o conhece mudou durante a noite. Sobreviver a um evento pode rapidamente passar do simples incómodo à crise. Não se trata apenas de empilhar latas e ter equipamentos, entender como purificar água, gerir ferimentos e encontrar alimento. A falta de preparação e conhecimento prejudica fundamentalmente a capacidade de alguém para resistir a emergências que o tornam vulnerável e impreparado.

Vamos analisar mais de perto os tipos de pessoas que nos poderiam potencialmente travar quando a sobrevivência se torna a nossa prioridade número um. A solução é evitá-los de todas as formas possíveis.

O Preguiçoso e relutante.
Há sempre pessoas que hesitam em pensar em escolhas difíceis e sacrifícios. Esta relutância pode significar desastre em situações de sobrevivência onde a hesitação ou recusa em se adaptar, pode levar a perder oportunidades ou prejudicar diretamente a capacidade de tomar decisões difíceis.
Este não contribui em quase nada a não ser que “veja a sua vida a andar para trás”. Todos conhecemos alguém que acredita que tudo deveria ser uma esmola, que não quer trabalhar para isso, que não traz nada para a mesa e não está disposto a labutar arduamente para os outros.

O sempre atualizado, mas mal informado.
Este fez armazenamento de bens com base nos mais recentes conhecimentos de sobrevivência viral, mas falhou no que realmente é mais essencial. Não se trata apenas de ter o equipamento. Tem de se compreender a sua utilização. Não se pode apenas acumular apetrechos em vez de aprender a purificar água ou a saber fazer fogo.

O sob pressão
A sua reação é: “Não sei, não me importo.” Este dá por ele a lutar no último minuto, tentando recolher alimentos, água e outros bens essenciais, mas é uma corrida contra o tempo e escassez. A sua falta de preparação coloca-o numa desvantagem significativa desde o início, tornando-o mais vulnerável ​​aos impactos imediatos da crise.

O lobo solitário
Este é um amigo arriscado. Vê-se a ir sozinho para um cenário de crise e rapidamente se verá isolado e sem alguém para partilhar a sua carga tanto física como mental, desde procurar alimentos, fazer vigias noturnas, procurar abrigos seguros ou até outros que possa ou possam ajudar de alguma forma.
Estará disposto a fazer algo realmente arriscado por pouca ou nenhuma recompensa ou colocará em risco a segurança de todos.

O não adaptável, indeciso
Sempre a hesitar entre escolhas, especialmente quando está sob pressão. No dia a dia da vida quotidiana, isto pode causar pequenos inconvenientes, mas num cenário de emergência, hesitar pode muitas vezes significar a diferença entre segurança e perigo.
Este tem apenas um plano e vai cumpri-lo seja como for, mas quando o desastre se torna duro, vai notar que não é agradável ter um mundo virado de cabeça para baixo. O seu estado torna-se potencialmente catastrófico e as decisões baseadas em conceitos pré-estabelecidos acabam por não resultar, criando problemas a si e aos que o acompanham.

O excessivamente dependente
Todos temos amigos que não podem imaginar a vida sem um smartphone na mão, confiando na tecnologia para tudo, desde navegação até à entrega de comida. Num cenário de crise, quando a grelha cai e os gadgets se transformam em tijolos, a sua forte dependência das conveniências podem ser um fator crítico de fraqueza, pois sem as ferramentas básicas e competências de sobrevivência, como saber ler um mapa, criar fogo ou obter alimento, tornam-se desafios assustadores.

O “espalha brasas”
Este costuma ser muito orgulhoso do stock de sobrevivência e não tem medo de o exibir nas redes sociais ou em conversas. A partilha excessiva pode transformar os seus recursos num alvo, pois toda a gente sabe do seu abastecimento, colocando em risco não só os bens, mas também a sua segurança, bem como a daqueles que o/a acompanham.
Fanfarrão, é aquele que conta a toda a gente quantas pessoas estão no seu grupo, onde se encontra o mesmo e que tipo de mantimentos e equipamentos tem.

O cronicamente doente
Estes podem ser ou ter um parente com problemas de saúde crónicos e que exigem medicação regular e cuidados médicos num mundo estável. Gerir estas condições faz parte de uma rotina, mas num cenário de crise, onde as farmácias estão fechadas e os cuidados de saúde e serviços são interrompidos ou parados, a sua situação torna-se terrível e crónica.
Certamente que armazenaram medicamentos necessários e aprenderam competências médicas básicas que podem fazer a diferença e que os possa ajudar adequadamente. Explorar alternativas terapêuticas que podem ser utilizadas na ausência da medicina tradicional também fará parte dos seus recursos. No entanto, o risco pessoal é demasiado alto e com o número de recursos cada vez mais escassos, o sucesso será curto.

O excessivamente otimista, amigo da crise.
Aquele que pensa que o governo ou algum tipo de agência governamental vai passar e arranjar tudo. Alguém que se encontra em negação e que ao olhar para um copo meio cheio, mesmo quando este está esvaziando, continuará a ver que tudo está normal, estável e que vai correr bem. Por norma, subestimam a gravidade da situação e chegam a atrasar preparativos cruciais ou tomar medidas necessárias.
Este tipo de pessoa é extremamente egocêntrica. É alguém que corre o risco de confundir esperança com estratégia e este erro de julgamento pode levar a estar despreparado quando ocorre um desastre com terríveis consequências ao longo dos anos.

Lembre-se que nada acontece por acaso e não apenas aos outros. A qualquer momento, somos nós. A única forma de realizar os seus planos será preparar-se o melhor que pode.

José Ligeiro