SOBREVIVÊNCIA E PREPARAÇÃO
Recentemente, em conversa com familiares e amigos, discutia-se a guerra da atualidade, os efeitos na economia e sociedade, a falta crescente de segurança e o futuro pouco promissor que tudo isto traz.
Entretanto, a conversa virou-se para questões de sobrevivência e para a situação que os envolvidos nos diversos conflitos espalhados pelo mundo estão ou poderão passar. Falou-se da falta de comida, água, abrigo conveniente, higiene, o saber que se está longe de familiares ou até se estes estão vivos, o não dormir descansado, o stress, a falta de medicação para dores ou outras necessidades médicas, entre outros.
Deparei-me com a falta de conhecimento genérico que os meus familiares e amigos tinham sobre o que fazer, carregar e para onde ir, no caso de algum tipo de emergência que aconteça nas diversas localidades onde habitam ou até no país.
Uns preferiam ficar em casa e defendê-la, outros desejavam sair e ir viver para e do campo, outros queriam ter um abrigo ao estilo bunker nuclear para permanecer isolados por tempo indeterminado. Ninguém chegava a uma conclusão e em momento algum escutei algo sobre armazenar comida, água, bens vários, ferramentas, abrigos ou outras necessidades como farmacêuticos ou bens de higiene.
Porque todos eles sabem do meu gosto, atividades e permanência no campo, tentei “educá-los” com o meu parco conhecimento.
Agora, tendo noção de que a maior parte dos cidadãos se mantém afastado dos prazeres campestres, decidi fazer uma serie de textos de forma elucidativa do que se pode fazer perante determinadas emergências que possam acontecer nas nossas vidas. O estar de algum modo preparado pode significar a diferença entre continuar vivo ou ser mais um número numa estatística.
O nosso país não é esperado que seja invadido, portanto, irei excluir a “guerra” territorial como uma emergência a tomar em conta, no entanto, a sobrevivência é um assunto que toca a todos. A necessidade de nos mantermos vivos é da responsabilidade de cada cidadão e por isso, todos devíamos ser ensinados ou, no mínimo, aprender a nos mantermos vivos perante um qualquer evento que nos contrarie.
Quando algo acontece, especialmente se não se vê pessoalmente, as pessoas não se apercebem de que realmente se passa algo sério e nas primeiras horas ninguém vai querer admitir ou vai pensar nisso como uma situação de longo prazo. Todos vão assumir que é algo temporário. Uma falta de luz ou de água, pode acontecer devido a múltiplos fatores, mas não é nada de especial.
Não há comunicações governamentais ou regionais a anunciar problemas de maior, escutam-se umas sirenes que podem ser dos bombeiros, ambulâncias ou polícia, mas ninguém explica nada. Perante isto, espera-se algum tempo, tendo a noção de que os serviços de emergência voltarão a colocar em funcionamento os equipamentos necessários para a continuação da vida normal.
A confiança de que alguém está a fazer algo, apenas vai atrasar e prejudicar a capacidade de aproveitar a oportunidade do momento. Ninguém realmente espera que aquele dia seja o último das suas vidas normais e esta mentalidade acaba sendo perigosa para todos.
Pacificamente, vamos esperar muito tempo antes de começar a agir, e negamos a verdadeira emergência que está a ocorrer. Sentados em nossas casas, esperamos que alguém nos diga o que fazer ou como proceder, mas se nada nos for dito, isso pode ser muito perigoso, especialmente se houver necessidades importantes, como precisar de medicação ou alimentos ou até outros bens que nos mantenham simplesmente confortáveis.