VOCÊ PODE BEBER ÁGUA DE UM CATO?

SOBREV11

 

Sobrevivência e preparação

Você pode beber água de um cato?

Vamos aumentar a aposta no nosso desafio e levá-lo para um lugar ainda mais hostil à sobrevivência: O deserto.

Nenhum abrigo natural contra o sol escaldante, falta de pistas para navegação e, quase por definição, pouca ou nenhuma água.


É compreensível que a visão de um cato verde e gordinho pode levantar o ânimo de um caminhante desidratado e sem água. Sabe-se que os catos precisam de água para sobreviver e, certamente, este espinhoso morador do deserto é um matador de sede garantido. Infelizmente, não!


Os catos não contêm reservatórios de água corrente. Eles têm uma polpa densa e esponjosa que retém qualquer humidade que a planta precise. Se você conseguir espremer algumas gotas, pode fazer mais mal do que bem.


Dentro de muitas espécies de catos, o líquido é altamente ácido e contém alcaloides tóxicos. Diz-se que alguns podem provocar náusea, diarreia e até paralisia temporária, o que representa barreiras óbvias à sobrevivência no deserto.


Em caso de emergência, você poderá encontrar um pouco de água nas fendas das rochas, onde as mudanças de temperatura durante a noite podem causar condensação. Bolsas de vegetação de aparência mais exuberante e pegadas de animais também pode indicar a presença de água na proximidade. Na verdade, o melhor conselho aqui é nunca ir para o deserto sem a quantidade adequada de água e viajar com alguém que tenha muita experiência e conhecimento local.


Numa floresta tropical, o verde exuberante e húmido é tão abundante que as criaturas locais precisam permanecer molhadas para sobreviver na vegetação alta. Criaturas como sanguessugas, por exemplo. Por isso, deveria você queimar sal ou simplesmente arrancar sanguessugas, se apanhado por uma?
Estes sugadores de sangue podem ser encontrados dentro e ao redor de água doce em todo o mundo, incluindo florestas tropicais do mundo onde são particularmente prevalentes e terrivelmente superdimensionados.


No Vietname, os soldados usavam cigarros para queimar sanguessugas dos braços e ficou a impressão de que esta é a melhor forma de as remover. Sim, irá matá-la, mas isso pode ter algumas consequências não intencionais e totalmente inseguras.


Como todos os animais, incluindo nós, o trato digestivo de uma sanguessuga contém uma infinidade de bactérias. A queima de uma sanguessuga que está presa à sua pele pode fazer com que ela regurgite parte do conteúdo do estômago, indo diretamente para o seu corpo através da ferida causada e esses invasores microbianos podem originar infeções.


Deveria colocar sal nelas para as tirar? Não! O mesmo problema se aplica. Então, como se pode remover uma sanguessuga?


​ Uma sanguessuga segura-se ao seu hospedeiro com ventosas em cada extremidade. Quebrar o selo é o suficiente. Deslize suavemente um objeto plano, como um cartão de crédito, uma lamina, por exemplo, sob a borda da ventosa e esta deve-se soltar. É importante não puxar ou arrancar o bicho, pois os dentes podem ficar na ferida, levando a uma possível infeção.


Se está determinado a aventurar-se na natureza, vale a pena lembrar de alguns cuidados simples. Viaje com pessoas que conhecem o terreno, pois não há substituto para a experiência em primeira mão.


Obtenha informações sobre o seu destino. Cada local tem seus próprios desafios únicos. Comece com viagens menores e vá crescendo aos poucos, pois o seu corpo precisa de se habituar ao esforço crescente. Dê conhecimento do seu destino a alguém, seja por uma viagem para a floresta ou para o acampamento qualquer e certifique-se de que são pessoas de confiança e que saibam para onde está a ir e quando espera voltar.

 

José Ligeiro