BALANÇO DE 2 ANOS E OS COLDPLAY

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Na apresentação do Balanço dos 2 anos do novo executivo camarário de Coimbra, liderado pelo Senhor, Presidente da CMC, Manuel Silva, que deixa sempre muito bem claro quem manda - como se notou nos tempos distribuídos para falar. Enquanto o Presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Silva, usou da palavra durante 40 minutos, os vereadores só tiveram direito a sete minutos (com muito prolongamento no caso de alguns - não questionamos a razão para uns e para outros) e a apresentarem seis tópicos.

Depois dos grandes auto-elogios ao seu trabalho e ao trabalho do seu executivo o Excelso Senhor Presidente da Câmara de Coimbra dá ênfase aos 4 concertos dos Coldplay no Estádio Cidade de Coimbra (onde atuaram bandas de maior renome internacional e onde este grupo não foi nenhuma novidade). Porém o diário As Beiras, que nunca irá ser levado a DIAP pelo grande apoio que faz a quem tem poder autárquico, mas que escreveu com as devidas ressalvas de apoio ao poder:

«A sessão ficou marcada pela intervenção do vice-presidente, Francisco Veiga, porque – embora em tom informal – revelou que o presidente da Câmara “fazia questão de não disponibilizar a verba” para os concertos dos Coldplay (ainda num primeiro momento em que a produtora não tinha revelado o nome da banda). Francisco Veiga acrescentou, em discurso direto, que “fui eu, e só eu que, numa reunião bem tensa, consegui convencer o senhor presidente e o sempre presente chefe de gabinete”.»
(In As Beiras dia 25/10/2023)

OPSSSS!!! Afinal o excelso Presidente Manuel Silva, quer ficar com os louros dos 4 concertos dos Coldplay que afinal são louros do seu Vice-Presidente Francisco Veiga?

É o que depreendemos de um jornal que publicamente apoia qualquer Presidente da Câmara de Coimbra (seja Manuel Machado seja Manuel Silva) e por isso, lá está, não deve ser considerado por quem lidera a Câmara de Coimbra como “maledicente a raiar o ódio”!

Muito depois da cerimónia, mas inserida neste assunto dos concertos dos Coldplay, o mesmo Vice-presidente, Francisco Veiga, afirmou que a promotora Everything is New gastou 545.290,98 euros no Estádio Cidade de Coimbra para ali poderem ser realizados os quatro concertos da banda Coldplay.

O senhor Vice-presidente continuou o discurso afirmando que a promotora teve de realizar “um conjunto alargado e diversificado de trabalhos de melhoramento da infraestrutura, corrigindo debilidades que condicionavam o eficaz acolhimento dos espetáculos”.
Porém o investimento global da autarquia foi de 468 490,92 euros, tendo poupado 171 509,98 euros com a eventual substituição de relvado - segundo afirmação do executivo da Câmara Municipal de Coimbra.

O que nos leva a crer que temos aqui uma diferença de 76.800,06 euros.
Não sabemos se a Promotora pagou do seu próprio bolso estes 76.800,06 euros, até porque a Promotora chegou a oferecer alguns, eventualmente muitos, bilhetes nos lugares mais caros.

Será que a despesa com os bilhetes oferecidos está contabilizado nas contas?

A realidade é que a CMC, considera que não deve revelar toda a informação sobre os concertos realizados pelos Coldplay, pode até ser legal não revelar tudo, mas não é, alegadamente, nada transparente.

Uma outra aposta forte do Presidente da CMC é o reforço de investimento na cultura, de que o respetivo Conselho Municipal é exemplo, tal como a Casa da Cidadania da Língua.

Pelo facto do Presidente da CMC, se ausentar da sala (não percebemos muito bem a razão) o senhor Vice-Presidente teve que usar do seu voto de qualidade para que fosse feito o contrato entre a CMC com a APBRA (associação criada no ano de tomada de posse deste executivo) presidida pelo amigo, do Presidente da CMC, o especialista em agências secretas Manuel Diogo, presidida na mesa da assembleia pelo irmão do senhor Presidente da Câmara, Gabriel Silva, e coadjuvada pela filha de Manuel Diogo. Um contrato que dá um limite máximo de uma verba grande de 6200 euros por mês durante dois anos (tempo que dura o mandato).

Talvez a verba seja pouca para uma “casa onde não há pão”, como é Coimbra no divã!

Será politicamente correto o executivo aprovar uma verba pública em favor de uma associação criada quando da tomada de posse do novo executivo, presidida pelo amigo, pelo irmão e coadjuvado pela filha do amigo?

Será correta a falta de informação em cada árvore que foi abatida?

Será correto o empurrar dos problemas dos SMTUC para a falta de mecânicos que consertem os autocarros arrebentados, onde alguns desses chaços foram comprados já neste executivo?

Será correto o senhor Presidente preocupar-se mais em castigar quem o critica do que ouvir e corrigir o erro?

A verdade é que a Democracia é constituída por quem “(...) dispara informação, inquietações e interrogações” como afirmava o candidato a Presidente da Câmara que hoje é Presidente e tem opinião contrária ao que afirmava enquanto candidato.

JAG