HÁ UMA MALDIÇÃO NO CONVENTO DE SÃO FRANCISCO ?

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O Convento de São Francisco (CSF) parece amaldiçoar qualquer Programador que entre em funções durante o executivo liderado por José Manuel Silva.

Se não é maldição deve ser qualquer outra razão, mas a verdade é que chegou à redação d’O Ponney a informação de que o recente Programador do Convento de São Francisco (CSF), Luís Rodrigues, também saiu depois de uma alegada reunião com a drª Maria Carlos e pelo chefe de divisão dr. Filipe Carvalho onde seria apresentado a falta de candidatura atempada a fundos europeus, a falta de programação num determinado dia especifico e outras situações comprometedoras. Também nos chegou a conhecimento que alegadamente, teria havido uma reunião na passada quarta ou quinta feira entre o Programador e o senhor Presidente da Câmara. O que nos surpreende, não fossem as informações que nos chegaram serem tão detalhadas e de fontes que consideramos fidedignas.

Questionámos, por email, Luís Rodrigues sobre a veracidade da sua saída e, no caso da confirmação da sua saída as razões pela qual teria saído. Neste pedido de contraditório, Luís Rodrigues enviou uma lacónica mensagem à redação de O Ponney a dizer:

«Informação falsa.
Cumprimentos,
Luís Rodrigues»

Lembramos que O Ponney fez a primeira entrevista a Luís Rodrigues 10 dias depois de ter tomado posse em Julho deste ano.

Depois de 3 meses sem Programador no CSF, a Cultura em Coimbra ficou a perder por estas situações de constantes mudanças sem explicação clara de programadores no Convento de São Francisco o que alarma a gestão da cultura em Coimbra.

Na entrevista dada a O Ponney, Luís Rodrigues tinha afirmado: «Quando aqui entrei vi uma excelente equipa, dedicada que não só funciona bem como consegue dar uma boa imagem do CSF, coordenada por um chefe de divisão – Filipe Carvalho - que a sempre soube liderar bem a equipa e mantê-la unida.» Com uma equipa de excelência e havendo competência por parte de Luís Rodrigues, o que teria falhado para esta alegada e repentina saída?

A confirmar-se a informação da saída do Programador do CSF, que nos surpreende muito, pois Luís Rodrigues chegou a afirmar sobre o tempo de 3 meses sem que o CSF tivesse Programador: « A questão das mudanças de programador, e mesmo da falta de programador neste hiato, não foi tão grave quanto a pré-existência de um programador com uma avença superior a 7000 euros por mês e sem exclusividade - foi isto que o atual executivo municipal encontrou e que, na minha humilde opinião, era muito mais importante questionar e alterar.»

A realidade é que o executivo da CMC também fez, posteriormente a esta entrevista, um contrato para programação da antiga Casa da Escrita com um valor mensal idêntico ao que criticara Luís Rodrigues, de um teto de 6200 euros mês à APBR! Perante este facto parece que a opinião de Luís Rodrigues entrava numa certa contradição com a opinião do Presidente da Câmara, Manuel Silva, pois era necessário pagar ordenado alto para um bom trabalho ou então há um outro desentendimento sobre a remuneração de Programador.

Na entrevista a O Ponney, Luís Rodrigues afirmou:«Apesar de facilmente a comunidade em geral já ter consciência da importância da função de programador para um espaço como o CSF, não costuma ter tão presente a necessidade premente de um programador dever acumular com a tarefa de definição das linhas para a programação, que é o trabalho da direção artística, o que torna o trabalho do programador um pouco mais complexo porque obriga-o a jogar num tabuleiro onde tem de procurar equilibrar e conjugar várias peças em simultâneo.» Pelo que nos foi dado saber a complexidade do trabalho de Programador foi, afinal, muito maior do que Luís Rodrigues esperava.

Há aqui uma situação que não está devidamente esclarecida e perante o pedido de contraditório há uma resposta demasiado lacónica dado a sensibilidade deste assunto.

Esperamos para ver novos desenvolvimentos e que possam esclarecer o escrutínio público, pois é de gestão de verbas públicas que se trata.

Outra informação que tivemos acesso foi que uma funcionária terá apresentado queixa na PSP (a que O Ponney teve acesso a documento queixa) sobre um alegado assédio a que foi sujeita pelo Programador do CSF.

Com as devidas sensibilidades que esta informação acarreta e com o cuidado que merece uma queixa deste tipo, O Ponney teve acesso a provas de insistência de contacto feita pelo Programador em relação a uma funcionária de base do CSF. A informação que chegou à nossa redação confirma que esta alegada situação terá também pesado na, alegada, decisão da saída do Programador - que seria de absoluta confiança do senhor Presidente da Câmara Municipal de Coimbra.

O Ponney decidiu dar a informação do alegado assédio para que os mecanismos próprios da Justiça possam esclarecer a quem cabe a verdade e que a decisão justa seja devidamente divulgada.


JAG