“O CONIMBRICENSE”

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O Senhor Conselheiro Mário Araújo Torres, conimbricense de alma e coração, acaba de colocar em letra de forma “Apontamentos para a História Contemporânea seguido de A Nossa Aliada!”, da autoria de Joaquim Martins de Carvalho, com introdução e notas da sua responsabilidade.

Trata-se, se não me engano, do nono livro de grande relevância para a história da urbe mondeguina e de difícil acesso que, a expensas suas, torna acessível ao público interessado. É, por isso, merecedor do reconhecimento de Coimbra.

Por seu turno, o autor da referida obra, Joaquim Martins de Carvalho (1822-1898), diretor do jornal “O Conimbricense” fundado por ele em 1854 e, depois da sua morte, continuado, até 1908, pelo filho, Francisco Augusto Martins de Carvalho, também não mereceu da cidade maior agradecimento do que a atribuição do seu nome à antiga rua das Figueirinhas, onde morreu e viveu os últimos anos da sua vida.

Quem pretender escrever a história artística, económica e social da cidade, relacionada com os finais do século XIX e inícios do seguinte não pode deixar de consultar aquele periódico.

Penso que, no bicentenário do seu nascimento, a maior homenagem a ser prestada a esse homem de convicções liberais, cultura invulgar, empreendedor e dinâmico que a Coimbra deu todo o seu saber, passa pela Câmara Municipal digitalizar e colocar on line “O Conimbricense”, jornal onde, para além do mais, colaborou assiduamente, colocando nos seus escritos os vastos conhecimentos que possuía e um enorme rigor historiográfico.

Quem se anima a liderar e a avançar com a ideia, a fim de pressionar o Senhor Presidente da Câmara, Professor Doutor José Manuel Silva, e o Senhor Vereador do pelouro de Bibliotecas e Arquivos, Dr. Francisco Queirós, a viabilizarem o projeto? Fica o repto. Espero que tenha retorno.

Regina Anacleto

 

IMAGENS:

“Apontamentos para a história contemporânea” (capa)

Joaquim Martins de Carvalho (gravura)