O QUE DEFENDE O CABEÇA DE LISTA ÀS EUROPEIAS PELA NOVA DIREITA

O QUE DEFENDE O CABECA DE LISTA AS EUROPEIAS PELA NOVA DIREITA1

 

O Ponney foi ouvir o que dizem os partidos mais pequenos com pouco tempo de antena. Fomos ouvir Sancho Antunes, motorista dos SMTUC e cabeça de lista do recente partido Nova Direita.

O Ponney (OP)- Sancho Antunes é motorista e um reivindicador pelos direitos
laborais nos Serviços Municipais de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) não
corresponde ao perfil de um candidato da Direita política. Ou será que o partido
Nova Direita é assim tão diferente da postura da Direita?

Sancho Antunes (SA) - Sim, sou motorista e sim a postura da Nova Direita é diferente de todos os partidos que se dizem de Direita. Caso contrário não se justificava mais um partido. Não só não há incoerência, como a verdadeira Direita defende quem trabalha pelo seu sustento. Também tenho que dizer que formar opinião a partir do perfil que dá a profissão é um cliché antiquado, a meu ver. A capacidade e inteligência não vem com estudos superiores, estes só trazem conhecimento de um assunto específico, já por várias vezes fui atrevido o suficiente para ir mais além daquilo que as pessoas esperavam de um motorista, já por várias vezes fiz ver que técnicos superiores também cometem erros, desculpe... ‘erros’ só são cometidos pelos assistentes operacionais, quem tem estudos comete ‘enganos’ e para os justificar dizem “ qualquer um se pode enganar”! Talvez estejamos num tempo onde os portugueses tenham realmente alguém para defender o seu país; a sua cultura; a defesa de quem trabalha; a educação para fazer crescer e a defesa da proteção e da segurança de todos sem exceção. Quem pode defender melhor o povo tem que ser alguém que realmente sabe quanto custa um pão, uma couve, um Kilo de carne ou peixe. Pois só assim entende bem as necessidades da maioria. Eu estou preparado na minha vida para fazer uma defesa destes interesses: sou assistente operacional sim, mas acima de tudo sou português, trabalhador, e sei muito bem reconhecer a diferença entre o certo e o errado e as consequências projetadas nas pessoas que trabalham e se esforçam para colocarem pão na mesa todos os dias. Sei, na pele, o que é ser injustiçado. Sei na pele o que é lutar contra o medo de perder o sustento. Sei na pele o que são pessoas que falam em defender os trabalhadores e que no fim atraiçoam-nos como muitos sindicalistas.

OP- O partido Nova Direita tem uma probabilidade muito pequena de eleger um
deputado pelo Distrito de Coimbra, mas se fosse eleito sente-se capaz de defender a Nova Direita na Europa?
SA - Claro que sim do mesmo modo e com a mesma força que sempre usei para
defender outras causas e pelas razões que já apontei. Sei diferenciar a Lei da Justiça e isso é a minha bússola.

OP - A Nova Direita vai-se aliar a que grupo político na UEGrupo do Partido Popular
Europeu (Democratas-Cristãos); Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e
Democratas no Parlamento Europeu; Renew Europe Group; Grupo dos
Verdes/Aliança Livre Europeia; Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus;
Grupo Identidade e Democracia; Grupo da Esquerda no Parlamento Europeu -
GUE/NGL?
SA- Não posso responder pelo partido mas só posso responder por mim e pelos meus
sentimentos em representação do que considero bom para representar Portugal, e
provavelmente não o faria, até porque às vezes estar em grupos de lobby’s criados
para proteger unicamente grupos fechados não são bem o meu estilo.

OP- A UE criou a Agenda Estratégica 2019-2024, o Conselho Europeu identificou um
total de quatro prioridades principais:
1_Proteger os cidadãos e as liberdades reforçando a resiliência da UE às catástrofes
naturais e de origem humana;
2_Desenvolvimento de uma base económica sólida e dinâmica;
3_Alcançar uma Europa com impacto neutro no clima, verde, justa e social;
4_ Promover os interesses e valores da Europa no mundo
Que opinião tem sobre cada uma destas 4 prioridades?


SA-  1 mas questão de proteger os cidadãos concordo mas coloco primeiro os cidadão português depois os europeus, quando á segunda parte do ponto, sempre achei que a segurança e proteção seja ela civil ou humanitária já há muito devia ser uma questão comum a toda a UE, não se entende que seja necessário pedir ajuda aos
parceiros europeus sempre que acontece uma catástrofe, esse serviço devia ser comum, federalista e assim ter mais e melhor mais disponíveis sempre e em qualquer lugar da UE.


O desenvolvimento com uma base sólida e dinâmica também acabará por ser necessária uma grande revisão do PAC de midi para permitir que os nossos agricultores deixem de ser proibidos de semear. No caso das pescas, porque temos a maior costa de mar da EU, em que somos restringidos na pesca pelos nossos armadores, mas somos obrigados a deixar que outros pesquem no nosso mar. Também defendo que se deve fortalecer as empresas portuguesas e europeias na qualificação e qualidade mas também restringir as importações de países que se dizem em desenvolvimento e que nem reconhecem aos seus trabalhadores os diretos mais básicos como, formação, segurança e liberdade. Esses países que até são tecnologicamente mais avançados que qualquer país da EU devem ver agravadas as taxas de importação para a EU e pagarem o mesmo valor de IVA que o restante aparelho empresarial europeu, e assim sim! Desta forma estamos a contribuir para a construção de uma economia forte e sustentável.


Sobre o ponto do ambiente, considero que este objetivo deve ser uma prioridade se quisermos deixar um planeta para os nossos filhos e netos. Mas estas políticas devem ser prioridades europeias, por que não faz sentido os preços de energia serem diferentes nos países que estão numa comunidade que se chama UNIÃO EUROPEIA. Sim, à semelhança de países europeus que baixaram os impostos na mobilidade sustentável e mobilizaram esforços humanos e financeiros para esta medidas estão a dar bons resultados. Estas medidas devem ser solicitadas também em Portugal e nos restantes países da EU , porque ser verde em Portugal não pode continuar a ser uma questão de status social, estando, assim, ao alcance da grande maioria dos portugueses.


No quarto ponto (Promover os interesses e valores da Europa no mundo) a melhor maneira para a promoção dos valores da Europa no mundo envolve uma abordagem multifacetada que combina diplomacia, cooperação internacional, educação e a promoção dos direitos humanos. Aqui estão algumas estratégias-chave:
Diplomacia e Relações Internacionais fortalecer as relações diplomáticas com outros
países e organizações internacionais. Utilizar fóruns como as Nações Unidas e a
União Europeia para promover valores como a democracia, a paz e os direitos
humanos.


Assistência ao Desenvolvimento e Cooperação Internacional investir em programas
de desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento. Esta assistência
pode promover valores europeus ao melhorar a qualidade de vida e fortalecer
instituições democráticas nesses países.


Educação e Intercâmbios Culturais promover programas de intercâmbio estudantil e cultural, como o Erasmus, para facilitar o entendimento e a apreciação mútua entre jovens de diferentes países. Isto inclui também a promoção do ensino de línguas europeias e a disseminação da cultura e história europeias.
Defesa dos Direitos Humano apoiar organizações e iniciativas que promovem os direitos humanos globalmente. A União Europeia pode patrocinar campanhas e projetos que visem combater a discriminação, promover a igualdade de género e proteger os direitos das minorias.


Economia e Comércio Justo promover práticas de comércio justo e sustentável, incentivando empresas europeias a adotarem padrões éticos e ambientais rigorosos nas suas operações internacionais. Isto pode incluir a assinatura de acordos comerciais que exigem o respeito pelos direitos dos trabalhadores e a proteçãoambiental.

Utilizar plataformas de média globais para difundir os valores europeus. Isto pode incluir campanhas de comunicação que destacam as conquistas da Europa em áreas como os direitos humanos, inovação tecnológica e políticas ambientais, ao combinar estas estratégias, a Europa pode efetivamente promover os seus valores a nível global, contribuindo para um mundo mais justo, democrático e sustentável.

OP- Agradecemos a entrevista.

JAG