ACREDITO QUE VAMOS TER A PARTIR DE AGORA UMA BRIOSA A CARBURAR EM PLENO

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Hoje desloquei-me a Massamá para assistir ao último jogo da Académica nesta primeira fase da série B, da Liga 3.

E o otimismo era grande. Desde logo, pela reconfortante vitória alcançada na ronda anterior frente ao Oliveira do Hospital. Mas também porque acredito que desta feita se acertou na mudança de treinador, que trouxe uma postura da equipa em campo mais afoita, sem medos demasiados, mais apostada em vencer do que em não perder. E, finalmente, por recordar uma outra ida ao campo do Real há alguns anos, concretizada com uma vitória retumbante, arrancada a ferros, precisamente na última jogada do desafio (4-3).

Os primeiros momentos da partida não foram particularmente animadores. Uma Académica adormecida, pouco intensa, insegura, com o Real a dominar claramente e a conseguir, com naturalidade, chegar ao golo, perante uma linha defensiva atabalhoada e demasiado permissiva.

Temi o pior e que um eventual resultado negativo nos levasse a partir para  a próxima fase numa posição incómoda e de alto risco.

Felizmente o golo sofrido teve o condão de despertar a Briosa, que foi surgindo com outra qualidade, garra, determinação, vontade. Tomou conta do jogo, subiu os níveis exibicionais, mostrou ser superior e, no aproveitamento letal de uma falha do adversário, alcançou com justiça o golo do empate, uma vez mais pelo imparável Perea.

A partir daí o jogo foi estando perfeitamente controlado, não se viu grande reação do Real e as suas, poucas, veleidades atacantes eram inviabilizadas, sempre que necessário, por um Hidalgo imperial.

Na hora exata e num toque de génio do Desmond, um ponta de lança acabado de ser chamado ao jogo e que vinha revelando ao longo da época uma relação difícil com o golo, eis que a Académica chega à merecida e saborosa vitória, que encheu de alegria uma numerosa e ruidosa claque que nunca deixou de apoiar e estar com a equipa, tanto nos bons como nos menos bons momentos.

O céu parece mais desanuviado, o futuro parece mais risonho e a equipa parece merecer agora uma confiança reforçada em que saberá enfrentar, com sucesso, as duras batalhas que ainda tem pela frente.


Jorge Pedroso de Almeida


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