CAMPOS COROA

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Se porventura houvesse um campeonato dos maiores academistas, o José Emilio Campos Coroa ganhava largo - aquilo ia ser uma abada das antigas, levava tudo à frente!

O Coroa era Académica de alto a baixo, o Coroa respirava Academica, era daqueles, poucos, que colocava  sempre a Briosa à frente de tudo, não hesitando uma única vez em dar o passo em frente que muitos outros, ficando-se meramente pelas palavras, nunca tiveram coragem de dar pela nossa Briosa.

Tivemos - ele e eu - fortes desencontros, especialmente quando o Coroa sucedeu ao querido Fausto Correia na presidência do OAF, chegámos mesmo a fazer faísca. Reconciliámo-nos num encontro que o João Castilho promoveu em Cascais, e onde, juntando-se a fome com a vontade de comer, planeámos uma ocupação da sede da Federação, acho que ainda na praça da Alegria, em protesto pelo ‘caso N’Dinga’ - ocupação essa que ficou em águas de bacalhau, mas que pelo menos serviu para reatarmos a nossa amizade.

A partir de hoje, quando ouvirmos aquele  ‘eferreá’, potente, gutural, e vindo bem de dentro, vamos logo saber que é o Coroa lá em cima a sentir, como sempre sentiu, a nossa Académica!

João Castilho