COM UM NULO, ACABOU-SE UMA ÉPOCA DESASTRADA E DESASTROSA

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Espero que a época que ora acaba não tenha sido o final de uma equipa que. ao longo de quase um século, foi ímpar na postura e assaz elevada no aspecto competitivo; uma equipa que, apesar da sua singularidade ~ atletas estudantes e/ ou estudantes atletas – deu cartas no futebol nacional e boa conta de si por esse mundo além onde por vezes competia em jogos amigáveis e, até, oficiais.

Não é por ir “batalhar” – na III divisão batalha-se mais que o que se joga – que a Académica deixa de ser ACADÉMICA; basta-lhe saber fazer-se respeitar, honrando o símbolo que, impresso nas camisolas, lhe deve viver no coração.

O desfecho que hora acontece foi por mim adivinhado – e avançado – quando a presidir a uma direcção apareceu, saído do nada, um presidente que até nem gostava – e parece continuar a não gostar – de futebol, com os olhos postos num edifício – a “sede dos arcos” -, que, dizem uns, “vendeu”, e outros que “palmou”; e, para desgraça maior, fazendo-se rodear de meninos “imberbes”, que, de aptidões. apenas tinham – e parece continuarem a ter – os nomes de “família”!

Diziam os “líricos” – e os apoiantes não menos “líricos” – que queriam reaver para a Académica os “valores” perdidos. Obviamente nunca indicaram quaisquer uns, porque, bem vistas as coisas, eles próprios não deviam saber do que estavam a “apregoar”: os valores físicos, que tanto custaram, “foram-se”; e os outros, a recuperar, não sei o que aconteceu porque não vislumbro nenhum.

Tal como em Abril/ Maio de 1974, ainda que por motivos diferentes, a ACADÉMICA.OAF precisa de um grupo unido que a queira e possa reerguer.

Haverá?

Entretanto alguém continua dono do prédio dos arcos…

 

Vamos ao jogo de hoje:  

Uma despedida sem sabor para um clube histórico, que foi grande e hoje se encontra destruído.

Num jogo em que o nível nem sempre foi o melhor, Académica e Farense não foram além do nulo, acabando, assim, a temporada com um empate.

O jogo expressou a despedida oficial da Briosa do segundo escalão do futebol português, mostrando a nulidade epocal  da sua presença.

Já com a certeza da descida de divisão à Liga 3 (há algumas jornadas), a Académica recebia o confortável Farense no Estádio Cidade de Coimbra, para a sua despedida do segundo escalão do futebol português, pela primeira vez na história.

Não obstante a partida pouco ou nada contasse para os dois lados, ambas as equipas mostraram cedo que queriam terminar a época com nota positiva e tentaram impor alguma intensidade no jogo. 

Embora sempre jogando um pouco na expectativa, Académica e Farense conseguiram impor velocidade nos seus processos e o jogo foi estando no limiar de ficar partido, com o perigo (embora menor) a surgir com alguma frequência nas duas balizas.

O Farense gozou de alguma supremacia no jogo e tentou ter mais bola, mas a melhor ocasião de golo até pertenceu à Académica: à passagem do minuto 41, João Carlos roubou a bola a Vasco Oliveira dentro da área algarvia, junto à linha de fundo, e precipitou-se a rematar, permitindo a Defendi uma defesa confortável. Pedia-se melhor para alegrar os adeptos que marcaram presença.

Esperava-se, no entanto, melhor para a 2ª parte, mas a verdade é que não foi isso que aconteceu. O calor foi-se fazendo sentir - estiverem cerca de 31º em Coimbra - e os jogadores foram baixando o ritmo.

O Farense ainda teve uma boa fase e quase chegava ao golo num par de ocasiões, sempre com Vasco Lopes e Madi Queta como os principais dinamizadores, mas este não chegou. Com a qualidade do jogo baixa, o momento alto acabou mesmo por ser a ovação ao capitão Zé Castro aquando da sua saída, naquele que foi o seu último jogo da carreira, ao qual ainda se juntou a estreia absoluta do jovem guarda-redes da Académica Alexandre Galvanito (ainda foi a tempo de fazer uma boa defesa).

Em suma,

Sem gritos nem éfe-érre-ás. a Académica despediu-se hoje da II Liga, ao fim de 88 épocas consecutivas entre o primeiro e segundo escalões de futebol nacionais, como último classificado da prova, com apenas 17 pontos, fruto de apenas três vitórias e oito empates, além de 23 derrotas.

 

Jogo no Estádio Cidade de Coimbra, em Coimbra.

 

Académica - Farense, 0-0.

 

Equipas:

Académica: Mika (Galvanito, 82), Guilherme (Fatai, 34), Zé Castro (Michael Douglas, 83), Jorge Felipe, David Sualehe (Costinha, 68), Dias, Mimito, Reko (Toro, 68), João Tiago, Traquina e João Carlos.

 

Farense: Rafael Defendi, Cláudio Falcão, Vasco Oliveira (Mancha, 58), Abner, Lucca, Fabrício Isidoro (Bruno Paz, 58), Mayambela, Henrique (Rafinha, 76), Vasco Lopes (Pedro Albino, 76), Madi Queta e Cristian (Harramiz, 58).

 

Árbitro: Ricardo Baixinho (AF Lisboa), com uma actuação de principiante

 

Assistência: Contagem a olho: cerca de 500 espectadores.

Foto retirada da net – Notícias ao minuto

 

A-CA-DÉ-MI-CA

ACA-DÉ-MICA

ACADÉMICA

 

BRIIOOOSAAAAAAAAAAAAAAA