E agora?
Digo com toda a franqueza: perdi a fé nesta equipa da Académica, que na direcção – expressei-o antes dela ser eleita – nunca a tive.
Antes de o jogo começar, e nos primeiros minutos, ainda tive esperanças num bom jogo da equipa e, isto de querer muito dá azar, na possibilidade de uma boa jogatana e de um resultado amplo.
Pois sim. Pouco a pouco a equipa visitante tomou conta do jogo e, no final, saiu vencedora por dois golos marcados contra um da Académica.
Na parte final, inesperadamente, foi um jogo feio, com muita gente de cabeça perdida.
Numa altura em que se tem de dar o tudo pelo tudo – ou o nada pelo tudo, conforme as opiniões – há que mexer na Académica a níveis que não quero indicar, mas tenho indiciado.
Hoje, mais uma vez, Dias – tem azar o atleta – mostrou que não tem concentração suficiente para fazer parte da equipa inicial; teimou-se em jogar quase sempre pela direita quando a ala esquerda é, de momento, a mais forte; notou-se a falta de um defesa central patrão e a necessidade urgente de um bom ponta-de-lança, porque o que hoje actuou só foi razoável nas duas primeiras jornadas…
Ah! E faltam os “tais valores”!...
Indo ao jogo:
A ‘Briosa’ até foi a primeira equipa a marcar, aos 20 minutos, por Toro, mas a formação ribatejana operou a reviravolta com golos de Mike e Nené, aos 30 e 73, respetivamente.
Numa partida entre os dois últimos classificados, a Académica iniciou ao ataque e aos oito minutos Fábio Vianna ficou perto do golo, num remate de fora de área que levou a bola à trave, depois de desviar no corpo de um jogador contrário.
Os da casa acabaram por inaugurar o marcador aos 20 minutos, num cabeceamento de Toro, a culminar um cruzamento de Traquina para a área, depois de um bom trabalho individual junto à linha de fundo.
Quatro minutos depois, João Carlos poderia ter aumentando a vantagem, depois de o guarda-redes Luís Ribeiro falhar o pontapé na bola, mas o remate do avançado brasileiro saiu às malhas laterais.
O Vilafranquense chegou ao empate aos 30 minutos, na sequência de um livre indireto. Jaquité cruzou para a área e Mike, ex-jogador dos ‘estudantes’, cabeceou para golo.
A ‘briosa’ intensificou a pressão e, aos 36 minutos, beneficiou de uma grande oportunidade, numa jogada que começou em Costinha e passou por João Carlos, que não conseguiu desfeitear o guarda-redes adversário. A bola sobrou para Toro, que, no coração da área, ainda rematou, com a bola a ser afastada em cima da linha de golo.
Numa segunda metade sem grandes oportunidades de golo, a equipa ribatejana consumou a reviravolta num cabeceamento de Nené, aos 73 minutos, numa altura em que os anfitriões jogavam em inferioridade numérica, devido à expulsão de Dias, aos 63.
A Académica tentou por todas as formas chegar à igualdade, mas o resultado manteve-se inalterado até ao apito final do árbitro João Casegas, de Viseu, que aos 90+5 ainda expulsou Filipe Melo, com a amostragem do segundo amarelo, após um desentendimento com Hugo Seco.
Com este resultado, a ‘briosa’ ocupa a última posição, com apenas dois pontos, enquanto o Vilafranquense sobe para o 14.º posto da tabela classificativa.
Jogo no Estádio Cidade de Coimbra, EFAPEL
Académica - Vilafranquense 1-2 (ao intervalo: 1-1).
Marcadores: 1-0, Toro, 20 minutos; 1-1, Mike, 30; 1-2, Nené, 73.
Equipas:
Académica: Mika, Guilherme (Hugo Seco, 61), Michael Douglas, Lorenzo Soares, Fábio Vianna, Dias, Christian, Toro (Reko, 69), Traquina, Costinha (Dani, 77) e João Carlos.
Vilafranquense: Luís Ribeiro, Mike, Simão Jr. (Belkheir, 46), Marcos Valente, Eric Veiga, Filipe Melo, Idrissa Dioh, Bernardo Martins (Umaro Balde, 72), Jaquité (Prince Mendy, 46), Nené (Bizet, 90+1) e Fati (Gabriel Pereira, 88).
Árbitro: João Casegas (AF Viseu) – arbitragem regular; não foi por ele que a Académica perdeu.
Assistência: 1.095 espetadores.
A-CA-DÉ-MI-CA
ACA-DÉ-MICA
ACADÉMICA
BRIIOOOSAAAAAAAAAAA