E… embolsaram-se três pontecos

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Fonte: F.P.F.

 

Foi uma boa vitória. E justa!

Logo nos primeiros minutos, quando um atleta da Briosa deu aquela cabeçada junto à relva e a bola saiu ao lado da baliza, pensei para comigo: temos jogo.

Só não disse que seriara canja, porque sempre me ensinaram que “cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém”.

E tinha razão: a equipa do Oliveira do Hospital, mais “fortuda”, mais à III Divisão, empertigou-se e começou a encostar a malta às cordas: valeu à equipa da Académica “S. Hidalgo” a defender desde o rés-do-chão até bem às alturas, a dar confiança e a espevitar os colegas.

O zero-zero ao intervalo espelhava o que se passara no campo.

No segundo tempo, a Académica foi uma equipa afoitada, a criar situações consecutivas de golo, que só a inoperância dos dianteiros da Briosa não permitia o zero-zero.

Até que o golo aconteceu: a Académica marcou e tomou conta do jogo. Não com facilidade, que a equipa visitante forçou e voltou a forçar os caminhos da baliza da antagonista, desprezando a sua defensiva em que os avançados da equipa da casa entravam com faca em manteiga mole, sem, contudo, causarem mossa.

O árbitro que, durante a primeira parte jogara a “favor” dos forasteiros, resolveu passar a ser imparcial, expulsou dois atletas visitantes – já antes mereciam tê-lo sido _ e, então, foi um corrupio de golos falhados, daqueles que deviam ser a conclusão de jogadas de encher o olho.

E lá se meteram no saco três pontos, pontinhos ou pontecos, que bem precisos eram.

Está encontrada uma equipa ganhadora? Mais pontos virão? A ver vamos, como dizia para o cego o que tinha vontade de ver, mas á que os pontos são bem precisos, lá isso são.

 

O jogo:

A Académica recebeu e venceu o FC Oliveira do Hospital por 1-0, com um golo marcado por Juan Perea. Os estudantes fizeram uma boa exibição naquela que foi a estreia no banco do treinador Tiago Moutinho, deixando boas sensações aos seus adeptos antes do início da fase de manutenção da prova. Já com lugar garantido na fase de manutenção, foi evidente a falta de pressão com que as equipas entraram em campo, criando assim um jogo divertido para o espectador, com um futebol dinâmico e que privilegiou a procura do golo. Desde cedo que os estudantes se afirmaram como a melhor equipa em campo, criando sempre bastante perigo, sobretudo em lances de bola parada. Uma boa exibição de José Chastre na baliza dos visitantes e algum desacerto na finalização levaram o jogo empatado a zeros para o intervalo, mas a Académica entrou na segunda parte com a mesma superioridade e chegou ao golo logo aos 51 minutos, num lance de bola parada em que Juan Perea subiu mais alto que toda a gente e cabeceou sem hipótese de defesa. O FC Oliveira do Hospital, que acabou o jogo com apenas nove elementos devido a duas expulsões, procurou reagir, mas sem o pragmatismo necessário na hora de finalizar, não se alterando o resultado até ao apito final.

 

Estádio Cidade de Coimbra

ACADÉMICA 1-0 OL. HOSPITAL (0-0 ao intervalo)

Golos: 1-0 (Perea, 52’).

 

ACADÉMICA: Hidalgo, Diogo Costa, Caiado (Cap.), (Laton, 87’), Perea (Desmond, 69’), Juary, Vasco Gomes(Pepo, 87’), Stitch, David Bras, Diogo Ribeiro (Hugo Sêco, 84’), Guedes, Tiago Melo.

 

OL. HOSPITAL: Jose Chastre, Pedro Romano, Sibu (Wilson, 45’), Rui Batalha, Samuel Toscas, André Freitas (Cap.), (Daffe, 70’), André Salvador, Alan Júnior (Nené, 83’), Miguel Rodrigues, Yaya Bamba, António Alves (Bruno Carvalho, 57’).

Disciplina: cartão amarelo para Yaya Bamba (26’ e 87’), André Freitas (52’), Samuel Toscas (74’ e 90’+2’), Wilson (76’).

 

Golos: 1-0 (Perea, 52’).

 

Árbitro: Tiago Mendes, com uma primeira parte desastrada em desfavor da Académica, e uma segunda parte mais ou menos criteriosa. Os cartões vermelhos – acumulação de amarelos –, ainda que tardios, foram bem mostrados.