É PRECISO ACREDITAR
O nosso saudoso Luís Goes cantava, como só ele sabia, “é preciso acreditar”.
Nos últimos vinte ou trinta anos, a nossa Coimbra e a nossa Briosa pararam no tempo..
Coimbra estagnou e foi ultrapassado por outras capitais de distrito. A cidade não se desenvolveu, não cresceu, não acompanhou a evolução do século XXI.
Não cresceu a cidade, não cresceu o tecido empresarial, o meio intelectual e não cresceram a generalidade das actividades, com excepção da medicina.
Houve uma mudança autárquica e vamos acreditar que vai fazer mexer a cidade. Promover o crescimento e o desenvolvimento da cidade, vai forçosamente fazer crescer a actividade empresarial e dar vida às instituições desportivas. Coimbra tem deixar de ser uma cidade de serviços, em definhamento. A sociedade coimbrã tem de acordar, revitalizar-se e abrir os horizontes, em vez de se deprimir interior e lentamente.
No início dos anos 90 do século passado, o então Presidente da Académica, o saudoso Mendes Silva, promovia almoços e eventos de apoio à Briosa em que compareciam muitos membros do governo, das lideranças militares e os mais destacados empresários e artistas, a título de exemplo Amália Rodrigues. Hoje, Coimbra dá para o governo de Portugal um ou outro secretário de estado secundário. Hoje, estes apoios não se mobilizam em torno da nossa Briosa. A Académica, Instituição Ímpar, tem adeptos dedicados, que vivem a Instituição como mais nenhuns adeptos, por todo o mundo, mas nos resultados desportivos estamos a ficar cada vez mais para trás.
A própria Universidade, hoje, já não tem o peso de outros tempos.
Existe um divórcio entre a Cidade, a Universidade e a Académica. É preciso unir essas forças e o novo executivo camarário tem um papel decisivo no crescimento e no desenvolvimento da cidade, mas também da Universidade, das suas Instituições desportivas, do tecido empresarial e intelectual.
Estamos a viver uma fase decisiva.
Só temos dois caminhos, o sucesso ou o definhamento lento.
Ainda acredito, mas é preciso que a Cidade, a Universidade e a Académicas se unam para vencerem os desafios do século XXI.
Apelo a estas entidades que se unam para voltarmos a acreditar e regressarmos aos palcos de outros tempos.
Continuando fechados e divorciados, o futuro será seguramente sombrio.
Ainda acredito. Não desistam.
VIVA COIMBRA, A UNIVERSIDADE E A ACADÉMICA!
João Castilho