Jovens Ginastas da Académica Representam Portugal na Competição Mundial de Trampolins por Grupos de Idades

Foto-ginastas.jpg

Sete ginastas da Secção de Ginástica da Associação Académica de Coimbra (AAC), integrando a Selecção Portuguesa, partem dia 20 para a Competição Mundial por Grupos de Idades de Trampolins (CMGI), que será realizada em Sofia - Bulgária, entre os dias 23 e 26 de Novembro. Esta competição sucede ao Campeonato do Mundo de Trampolins em Seniores, igualmente disputado em Sofia na semana anterior, e onde participam igualmente três ginastas da AAC. Os ginastas competem em diferentes modalidades e estão divididos por grupos idades. Apesar das jovens idades, a esperança num bom resultado é elevada, mesmo sendo, para alguns, a estreia a este nível internacional.

Rita Abrantes, no escalão 17-21 anos, e que participa igualmente no Campeonato do Mundo de Seniores em Duplo Mini-Trampolim, irá competir no CMGI em Trampolim Individual, repetindo a presença no mesmo escalão em Trampolim Sincronizado, fazendo par com Joana Abrantes. Segundo Rita Abrantes, “esta é a primeira vez que vou representar a Seleção tanto a trampolim individual, como a sincronizado, e vou tentar aproveitar o momento”. A ginasta referiu ainda que a preparação foi bastante trabalhosa, ainda para mais participando em três modalidades diferentes em duas competições. Joana Abrantes, que tem no seu palmarés várias competições a este nível destaca “o sentimento de voltar a representar Portugal num CMGI, agora no escalão mais alto da competição, que deixa a expectativa, não só de cumprir as séries que tenho vindo a treinar e aperfeiçoar, mas também de alcançar, pela primeira vez, uma final numa competição como esta”. Tendo em conta a sua experiência vasta a este nível internacional, Joana Abrantes é alguém que pode transmitir aos colegas mais novos algumas lições das últimas 5 representações do nosso País. “Nem sempre vai correr como esperávamos, mas a adrenalina e a emoção que sentimos cada vez que pisamos a arena de competição, é, sem dúvida, um sentimento inesquecível. Para além disso, fazer parte de uma claque ao rubro, a torcer pelos nossos, conhecer ginastas de outros países, e tentar aprender um pouco da cultura e da língua do país onde estamos, em poucos dias, são tudo momentos que ficam na nossa memória”, explica.

Francisco Reis vai marcar em Trampolim Sincronizado, no escalão 15-16 anos Masculino, fazendo par com André Lopes, do Ginásio Clube Vilacondense. Francisco participa no seu terceiro CMGI e sabe bem o que esperar “nos anos anteriores tive experiências incríveis. As amizades que faço dentro da delegação e as memórias que criamos juntos são coisas que levo para a vida”. Quando questionado sobre o que espera da prova e como se preparou, Francisco Reis é claro: “A nível da prova, quero dar o meu melhor, mostrar o trabalho que tenho andado a fazer e aproveitar mais uma competição entre os melhores do mundo. Tudo o resto, é divertir-me porque estas semanas nunca se esquecem. Em termos de preparação, esta foi longa, que começou ainda em agosto, mas menos stressante que outros anos visto que só vou fazer um aparelho. Foram meses de muito trabalho, tanto físico como psicológico, e sempre acompanhado dos meus treinadores, sem os quais não estaria onde estou”.

 

Dois ginastas da AAC irão defender as cores nacionais em Duplo Mini-Trampolim, José Pedro Rodrigues, no escalão 13-14 anos, e Diogo Fernandes, no escalão 17-21. Diogo Fernandes já participou em várias competições internacionais ao serviço da Selecção. É isso que destaca quando se lhe pergunta o que trouxe de experiências anteriores: “Sem dúvida o sentimento de dever cumprido quando se percebe que se ajudou a equipa a conquistar uma medalha.” Não se estendendo muito nos objectivos, Diogo Fernandes só quer “fazer as minhas séries, passar à final e depois disso tudo pode acontecer. Foi uma preparação complicada com altos e baixos mas sempre a pensar nos objetivos que tenho definidos”.

O estreante José Pedro Rodrigues controla as suas expectativas para esta competição: “Vou para lá dar o meu melhor mas tenho a noção de que aquilo que eu vou fazer não é suficiente para atingir um resultado fenomenal. Esta primeira vez vou mais pela experiência do que propriamente com o intuito de ganhar”. “Deram-me um objetivo depois dos apuramentos para cumprir no CMGI. Desde então estive a treinar para cumprir esse objetivo, treinando ambas as partes da série separadamente e depois ligadas”, explica o ginasta.

Por fim, em Tumbling, dois ginastas da AAC vão vestir as cores nacionais na Bulgária, ambos no escalão 15-16 anos. Ana Beatriz Oliveira, estreante nestas andanças realça bem a novidade que é vestir as cores nacionais, mas não esconde o nervosismo “Em termos de participação quero dar o meu melhor, tentando ao máximo aproveitar o momento pois é uma experiência nova. Começamos os treinos em finais de agosto com recuperação de férias, tentando chegar ao nível com que terminámos a época passada. A partir daí começámos a treinar mais especificamente para este campeonato. Tenho vindo a ter muito stress durante os treinos mas tento ao máximo controlar”. Rui Prata vai competir no seu segundo CMGI, após o ter feito em 2018, realçando que a primeira experiência o ajuda mentalmente na sua preparação para a competição deste ano. O ginasta realça ter “boas expectativas para esta minha segunda participação, mas consciente que tive de me preparar muito bem não só a nível físico como psicológico”.

Jorge Abrantes, treinador da AAC e da equipa técnica nacional espera “que os ginastas consigam usufruir do momento mais alto da sua carreira de ginastas, que é o que significa representar Portugal num Campeonato do Mundo. Estar junto dos melhores, competir com eles e sentir a recompensa de todo o esforço na prática do desporto que adoram”. Quando questionado sobre o que representa a convocatória deste número de ginastas da AAC para o CMGI, o treinador é taxativo: “Para a Académica são 33 anos de internacionalizações, perto de quatro dezenas de convocatórias para representar Portugal e como tal, a expressiva presença da AAC na representação nacional tem uma relação direta com a organização e estrutura técnica que está implementada, com pessoas competentes e dedicadas que representam a maior secção desportiva da AAC”. Para finalizar, Jorge Abrantes considera que “desportivamente, creio que temos condições para almejar uma ou duas Finais, o que seria incrível. Mas, o meu maior desejo, será estar no dia 26 acompanhado por 7 ginastas que, terminada a sua prova, sintam que viveram uma experiência incrível, reservada aos melhores e que perdure nas suas memórias”.

A Associação de Ginástica do Centro, que tem previsto mecanismos de apoio financeiro para ginastas que competem em provas internacionais, realça “a grande participação de ginastas da nossa Associação Territorial nesta tão importante prova, e sobretudo sendo ginastas ainda jovens e que podem ainda dar muito pelo seu clube, Associação e País. É uma prova do excelente trabalho feito pelos clubes nas camadas mais jovens”.