PONTAPÉ NA CRISE

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Os penalties certeiros convertidos pelo Zé Castro, abriram a porta a duas vitórias importantíssimas na caminhada para a 1ª Liga.

Depois da redenção frente ao Casa Pia, hoje mais um êxito estrondoso perante um adversário direto, o Chaves, com um percurso em crescendo e que chegava a Coimbra perfeitamente convicto de que levaria para casa os três pontos e se consolidaria, em definitivo, como candidato firme à subida. Felizmente as contas sairam-lhes furadas e a desilusão foi enorme, como facilmente se percebe pelas reações inaceitáveis e destrambelhadas do final do jogo.

A Académica voltou a exibir-se em bom nível, com futebol de qualidade, jogadas bem desenhadas, porém sem o adequado grau de eficácia na concretização. Mas, como no melhor pano cai a nódoa, lá apareceu o habitual erro individual a permitir que o Chaves passasse para a frente no marcador. E assim se chegou ao intervalo.

Desta feita Rui Borges não esperou pelos últimos minutos da partida para mexer na equipa (saúde-se esta sua mudança de atitude) e as alterações feitas logo no arranque da 2ª parte foram determinantes para a concretização da reviravolta que se veio a operar. Mais um jogo intenso, de sofrimento e de claro domínio da Briosa numa segunda parte, que, no entanto, ia avançando sem inversão no resultado desfavorável.
No último quarto de hora, vieram as boas notícias! Um penalty bem assinalado e melhor convertido, deu o empate, e, já bem perto do fim, a cereja no topo do bolo - o golo do grande Bouldini e com ele a merecida vitória.

O caminho da retoma reabriu-se, o mau tempo já terá passado aparentemente sem ter causado danos irreparáveis, um rival perigoso foi ferido de morte, o objetivo maior ficou mais perto.

A ordem só pode ser para continuar com a mesma vontade, determinação, convicção, arreganho, ambição. Já ninguém acredita na desdita, que alguns nos quiseram vender, de uma equipa fraquinha, inferior, incapaz de competir em condições de igualdade com os demais.

O que já foi conquistado dá-nos a garantia de que não faltará arcaboiço para enfrentar com sucesso o ataque às poucas partidas que ainda restam. Não peço muito. SÓ QUERO MAIS QUATRO VITÓRIAS!
 
Foto: CATARINA MORAIS/KAPTA e AAC/OAF
                                                                                                                                                                                                                                Jorge Pedroso de Almeida