Que dizer?

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Não, não vou culpar quem quer que seja. Não, o assunto é demasiado grave e complicado para se tratar linearmente e, mas a mais, de cabeça quente.

E já foi ontem…  

O jogo até começou relativamente bem para a Académica. Após uns bons minutos de pressão adversária, a equipa da casa, a nossa Briosa, deu uma sapatada no jogo, tomou conta do mesmo e até conseguiu uma grande penalidade de que resultou um golo a seu favor. E, daí para diante, até conseguiu “confinar” o adversário, jogando um futebol bastante aceitável

Veio a segunda parte e, “sem pernas”, a equipa da Académica deixou-se enrolar na teia que a equipa visitante engendrou, ficou tolhida, sofreu um golo e mais outro, pasmou e deixou pasmados os adeptos que já contavam com os três pontos.

Embora tardiamente, saiu do banco dos suplentes a chave para o empate, que, diga-se em abono da verdade, embora sabendo a pouco, retirou algum do amargo que já tolhia o coração dos adeptos.

Culpar os atletas? Não, não o faço porque, salvo uma ou oura excepção, todos deram o melhor de si e o que o árbitro “permitiu” que dessem.

Culpar o treinador? Também não, porque sem atletas goleadores não há hipótese de ganhar jogos, e, ontem, viu-se que o “ponta-de-lança” em campo ainda tem muito – ou tudo! – para aprender.

Culpar a direcção? Não, também nessa. Culpo. Sim, a rapaziada da varanda das vaidades que a levou ao poleiro para recuperar os valores “perdidos”, que ainda não percebi quais foram… (Isto dá pano para mangas!...).

Convenhamos! A Académica deu cinco jornadas de vantagem aos adversários. A partir da próxima – já com o “plantel” completo – não há mais desculpas: a continuar os desaires, ou se demite o treinador, ou se mandam embora os atletas, ou se manda embora a direcção, que, parece, não tem condições nem capacidade para dirigir o barco.

O problema é que, que eu saiba, não anda por aí nenhum “dr. João Moreno” capaz de encontrar quem manobre um barco a meter água por todos os lados, quase a naufragar.

 

Passadas as lamúrias, vamos ao jogo:

 

A Académica empatou hoje 2-2 na receção ao Estrela da Amadora, na partida em atraso da quarta jornada, e continua sem vencer na II Liga de futebol, mantendo-se na cauda da tabela classificativa, com apenas dois pontos.

 

A Académica chegou ao intervalo a vencer com um golo de Toro, aos 11 minutos, de grande penalidade, mas, na segunda parte, a equipa forasteira colocou-se em vantagem com golos de Paulinho, aos 66, e de Diogo Pinto, aos 74. Contudo, aos 90+4, Costinha salvou o desaire.

 

Com o público a regressar às bancadas do Estádio Cidade de Coimbra, o que não acontecia há cerca de ano e meio, os 'estudantes' colocaram-se em vantagem aos 11 minutos, na conversão de uma grande penalidade, por Toro.

 

O guarda-redes Vítor São Bento tocou o pé do avançado João Carlos próximo do limite lateral da grande área e o árbitro bracarense Manuel Mota, em cima do lance, apontou de imediato para o castigo máximo.

 

Aos 13 minutos, o atacante brasileiro dos anfitriões poderia ter aumentado a vantagem, mas o remate efetuado junto à quina da pequena área saiu contra o corpo do guarda-redes.

 

O Estrela da Amadora, que até tinha entrado melhor no jogo, poderia ter empatado aos 36 minutos, mas Tipote falhou o desvio na pequena área, após um cruzamento rasteiro da direita do ataque da sua equipa.

 

Já próximo do intervalo, a Académica esteve próximo de voltar a marcar, mas o remate de Fatai saiu às malhas laterais, após um livre estudado batido por Traquina.

 

Em cima do minuto 45, o avançado João Carlos também beneficiou de uma grande oportunidade, mas o cabeceamento saiu ao lado do poste da baliza defendida por Vítor São Bento, após uma defesa incompleta do guardião.

 

No segundo tempo, aos 54 minutos, a 'briosa' poderia ter aumentado a vantagem, uma vez mais, num cabeceamento de Micael Douglas, que o guarda-redes contrário desviou com dificuldade por cima da trave com uma palmada.

 

O empate surgiu 12 minutos depois, num cabeceamento de Paulinho, entrado no jogo três minutos antes, na sequência de um pontapé de canto.

 

Aos 73 minutos, João Carlos ainda marcou pelos 'estudantes', mas o árbitro invalidou o golo por fora de jogo do dianteiro brasileiro.

 

Logo no minuto seguinte, o Estrela da Amadora consumou a reviravolta, com um golo apontado por Diogo Pinto, num remate cruzado já dentro da área, com o guarda-redes Mika a ser mal batido.

 

E foi já com o jogo no sexto minuto de compensação que a Académica resgatou um ponto. Costinha, jovem vindo das classes jovens dos estudantes, fez uma espécie de cruzamento-remate que Vítor São Bento calculou mal e que redundou no 2x2 final em Coimbra.

 

 

Jogo no Estádio Cidade de Coimbra.

 

Académica - Estrela da Amadora, 2-2 (Ao intervalo: 1-0)

Marcadores: 1-0, Toro, 11 minutos (gp); 1-1, Paulinho, 66'; 1-2, Diogo Pinto, 74'; 2-2, Costinha, 90'+5.

 

Equipas:

Académica: Mika, Guilherme (Costinha, 84'), Michael Douglas, Lorenzo Soares, Fábio Vianna, Dias, Mimito (Dani, 75'), Toro (Reko, 75'), Traquina, Fatai e João Carlos (Michel Lima, 84').

 

Estrela da Amadora: Vítor São Bento, Sérgio Conceição, Matheus Dantas, Anthony Correia, Mamadu Candé (Edu Duarte, 46'), Chapi (Paulinho, 63'), Aloísio, Diogo Pinto (Mamadu Traoré, 88'), Salomão, Tipote (Xavi, 80') e Miguel Rosa.

 

Árbitro: Manuel Mota (AF Braga), a precisar de uma “visita” ao talho

 

Assistência: 1.092 espetadores, muito pouco tendo em conta a “fome” provocado pela Covid….

 Fotos: KAPTA e Jornal Record

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