Que tristeza!

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Sim, estou triste. Pensei que era hoje que a “reviravolta” ia começar, que a equipa da Académica ia sair da letargia e conseguir uma vitória confortante, mas enganei-me. “Repassando” e repensando o jogo, nota-se que os pecadilhos anteriores se mantiveram: falta de velocidade, má leitura de jogo do meio-campo, e, sobretudo, pouca apetência pelo golo, para além, note-se, da falta de pernas.

Acredito no novo treinador. Espero que não se deixe ludibriar por palmadinhas nas costas: deve haver por lá alguém que “quer” o seu lugar, mas ainda não teve a coragem de o mostrar…

Esperemos pelos próximos desenlaces.

 

Vamos ao jogo:

Sete jornadas e ainda nenhuma vitória para a Académica, que, desta vez, foi até Aveiro perder com o Académico de Viseu por 1-0, num jogo que ficou resolvido logo na primeira parte por um penálti convertido por Ayongo.

A moral pelo regresso aos triunfos pareceu sentir-se nos primeiros instantes, pelo que foi a Académica a assumir as despesas do jogo no arranque da partida. Só que a partir do momento em que o Académico conseguiu organizar-se a Briosa não teve hipóteses.

 

Com cinco defesas e três avançados muito móveis na frente, a equipa viseense começou por ameaçar a baliza de Mika, que evitou o golo de Luisinho, mas num lance inofensivo acabou por surgir o lance que definiu o encontro. Artur Soares Dias entendeu, mal a meu ver, que Pedro Justiniano tinha cometido grande penalidade sobre João Vasco e Ayongo não falhou no momento decisivo. Este lance criou ainda mais pressão à Académica, que depois da boa entrada em campo não conseguiu reagir ao golo sofrido.

Sempre muito amarrada, a Briosa dependeu das arrancadas de Fatai, com João Carlos a dar mais nas vistas pela quantidade de vezes que apareceu em fora de jogo do que pelas ocasiões criadas.

Na segunda parte, Mika manteve a Académica em jogo com um par de intervenções a impedir o golo viseense, mas na área contrária Gril nem teve de se aplicar. João Carlos, numa tarde desinspirada, desperdiçou uma grande ocasião após assistência de Justiniano, a melhor que a Académica teve numa segunda parte onde se pedia muito mais para evitar mais uma derrota, a sétima no campeonato. Sem ser brilhante, o Académico controlou uma Académica a precisar com urgência de uma vitória, não apenas por uma questão motivacional, mas também porque a Briosa sabe que vai continuar mais uma jornada no último lugar da Segunda Liga.

Não pode ser normal. Não, não pode! E não é o novo treinador que tem de ser sacrificado.

 

Jogo no Estádio Municipal de Aveiro, em Aveiro.

Académico de Viseu - Académica, 1-0 (ao intervalo: 1-0)

 

Marcador: 1-0 Paul Ayongo, 31 minutos (grande penalidade).

 

Equipas:

Académico de Viseu: Domen Gril, Tiago Mesquita, Pedro Monteiro, Nuno Tomás, Luisinho (Famana Quizera, 77), Paná (Ericsson, 86), Carlos Rentería, Vítor Bruno (Igor Milioransa, 86), João Vasco, Daniel Nussbaumer (André Claro, 86) e Paul Ayongo (Fernando Ferreira, 68).

 

Académica: Mika, João Pedro (Costinha, 76), Pedro Justiniano, Lorenzo Soares, Fábio Vianna, Ricardo Dias, Reko (Mimito, 58), Christian (Jonathan Toro, 46), Sodiq Fatai (Hugo Seco, 67), João Traquina e João Carlos.

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto): começou muito cedo a “amarelar” os atletas da Académica, e decidiu sempre a favor do Viseu.

 

Assistência: Cerca de 200 espectadores.

Fotos: ROGÉRIO FERREIRA/KAPTA - Zerozero

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