Só pouca sorte?
Não me refiro à Académica, mas também.
É engraçado sem ter graça nenhuma: há jogadores que se esfarrapam, há outros que fingem que o fazem, e outros que não o fazem mesmo.
Pouco depois do jogo começar, quando Mika deu aquele frango – mais galo que frango! – dei a falar com os meus botões: estamos feitos ao bife. Todavia, houve quem arregaçasse as mangas e… o empate acabou por acontecer através de um atleta que, percebe-se, não está para andar aos papéis lá pelo campo.
E depois foi o que se viu: uma equipa à deriva, com jogadores mal posicionados, “corredores” abertos e uma vitória conseguida pela equipa da casa, que, desta forma, penso, se livrou de acompanhar a Académica na descida aos infernos, donde só com grande “cunha” se poderá sair…
A Académica, a equipa de meio ponto por jornada, perdeu, pronto; acabado já tinha há muito. Com alguns elementos da equipa B, à semelhança de Costinha, talvez a manutenção tivesse acontecido.
TALVEZ…
Vamos ao jogo:
Missão cumprida!
Consciente de que uma vitória, a terceira seguida, acabava com o sofrimento relacionado com a manutenção na II Liga, o Trofense, com muitos nervos à mistura, bateu a Académica (2-1) e acabou com as dúvidas: em 2022/23 vão estar na Liga Sabseg.
Depois de uma primeira parte em que a Académica, globalmente, até esteve melhor que a equipa da casa, não pedindo licença para rematar à baliza de Rodrigo Moura. Contrariando a objetividade contrária, a turma de Sérgio Machado surgiu mais virada para a verticalidade do seu jogo, principalmente com a entrada de Capita. Perdeu-se a criatividade de Bruno Almeida, mas ganhou-se a velocidade de Capita, extremo angolano que fez a cabeça em água à direita da defesa da Académica... onde nem Traquina, nem Michael Douglas, nem Ricardo Dias, nas dobras, se entendiam perante a ameaça real de Capita.
De uma das primeiras jogadas do extremo, aliás, surgiu um golo que vai para os apanhados: canto curto e Mika, a tentar agarrar a bola, coloca-a na própria baliza por manifesta infelicidade.
A resposta, essa, não tardou, com Jorge Fellipe a marcar e abraçar o colega Mika, mas a solução estava encontrada para o lado do Trofense. Sempre a explorar Capita na esquerda do ataque, o golo acabaria mesmo por chegar, num lance que até surgiu na direita mas acabou na esquerda, precisamente com o desvio - muito atrapalhado, diga-se - de Capita. Poucos minutos depois, o Trofense até podia ter acabado com as dúvidas, mas o penálti ganho por Capita (quem mais?) foi defendido por Mika, que manteve a Académica na partida até final.
Contas feitas, o Trofense deixa a 'batata quente' para SC Covilhã e Varzim que, na última jornada, vão decidir quem desce com a Académica à Liga 3 e quem vai ao play-off de despromoção.
Quem já está fora dessa luta é o Trofense!
Jogo realizado no Estádio do Clube Desportivo Trofense, na Trofa.
Trofense – Académica: 2-1 (ao intervalo: 0-0).
Marcadores: 1-0, Mika, aos 51 minutos (própria baliza);
1-1, Jorge Felipe, 56; e 2-1, Capita, 75.
Equipas:
Trofense: Rodrigo Mora, Tito Júnior, Mutsinzi, Simão Martins, Tiago André, Vasco Rocha (Daniel Liberal, 90+3), Matheus Índio, Gustavo Furtado (Caio Marcelo, 90+3), Bruno Almeida (Capita, 46), Rodrigo Ferreira (Beni, 63) e Bruno Moreira (Bechou, 63).
Académica: Mika, João Traquina, Michael Douglas (Guilherme, 90), Zé Castro, Jorge Felipe, Fábio Vianna (Mimito, 82), Ricardo Dias, Reko, Pavlic (Fatai 65), João Carlos e Costinha (João Mário, 90).
Árbitro: João Gonçalves (AF Porto)., embora tenha favorecido sempre a equipa da casa – pudera! – não foi por causa dele que a Académica perdeu.
Assistência: 2.294 espetadores.
Imagens: Notícias ao Minuto e AAC/OAF
A-CA-DÉ-MI-CA
ACA-DÉ-MICA
ACADÉMICA
BRIOOOSAAAAAAAAAAAA