Editorial 02-04-2022
Quo vadis?
SI VIS PACEM, PARA BELLUM (se queres a paz, prepara a guerra) ou, noutra versão, Qui desiderat pacem, praeparat bellumm, indicia bem o que ora se está a passar na Ucrânia, um país que se cuidou mal - ou acreditou na boa fé – em relação a um seu vizinho, a Rússia.
Parece que as pessoas não aprendem com os erros – ou os acontecimentos – do passado, parece que a história se repete só para os outros, tão somente porque os tempos ora são outros e as leituras diferentes ou diferenciadas.
É pura verdade: faz amanhã, dia 03 de Abril, cem anos que Estaline se tornou Secretário-geral do Partido Comunista da Rússia e começou a faina que o “condena” – depois do burro morto cevada ao rabo, diz um ditado popular – como o maior ditador da história, implacável nas suas decisões – o comunismo sempre foi um regime “democrático” – que mandou assassinar muitos milhões de seres humanos, grande parte deles ucranianos, condenados à fome, uma das mais brutais formas de tortura e de morte. Putin, o “Estaline” moderno, quer enveredar pelo mesmo caminho: a Ucrânia, considerada o celeiro da Europa, tem de produzir, sim, mas, quer Putin, para benefício da economia dos russos,
Tivessem os ucranianos a história passada em mente, e Putin não os teria encontrado “descalços” em armamentos de guerra que não em potencial humano.
Até ao momento, a Ucrânia - cheia de chagas e mortes cometidas com bombardeamentos, ainda não perdeu a guerra. Vai ser difícil ganhá-la, mas em sua casa cada um vale muito: mesmo depois de morto, são necessários quatro para o arrancarem de lá.
Dois meses depois das eleições, Portugal tem novo governo, em que a insensatez e a impreparação parecem preponderar. Costa e Marcelo – falta um terceiro para os três da vida airada, Cocó, Reineta e Facada – continuam a afirmar que o governo é para quatro anos. Eu torço o nariz: não sei porquê, cheira-me a bazófia, pois o país está andrajoso e não se vêem mais-valias. Isto, claro, se Medina, ministro das “contas furadas” e bufo de Putin, não se socorrer do seu patrão para encher os cofres do estado de rublos cada vez mais “valorizados”.
O crude desce nos mercados internacionais, mas os combustíveis sobem em Portugal. É a gestão socialista no seu melhor.
Não será altura explorar o petróleo que temos na região de Fátima/ Torres Vedras e/ou a maior bolsa de gás natural existente na Europa, situada também na mesma região?
Ah! Esquecia-me, somos um país agrícola e não mineiro…
Por Coimbra, bem, por Coimbra, as coisas parecem estar em banho maria em vez de banho manel, mas este ainda não foi à vida: o metro Mondego faz que anda mas não anda; ora são os pneus, ora são as calhas, ora… ora… ora bolas para tanta aselhice ou justificação esfarrapada.
O projecto da proposta da candidatura de Coimbra a Capital da Cultura custou, dizem as boas línguas, mais de 1 milhão e seiscentos mil euros. Toda a gente pede para ver as contas, mas um golpe de ilusionismo fê-las desaparecer. Assim se fazem e desfasem as coisas.
Tal como acontece na Académica-OAF. Também não sei onde se meteu a recuperação de valores prometida, pois as únicas visíveis foram a sede dos arcos, a hipoteca do pavilhão e a possibilidade do seu extermínio, longe vá o agoiro.
SI VIS PACEM, PARA BELLUM!
ZEQUE