Editorial 02/08/2024
E O SOL BRILHOU MAIS
Num dia de sol, parece que tudo está mais leve, e é assim que em pleno Inverno no Brasil, me sinto a ver o sol brilhar mais. Tudo mais leve. Quando são 7 horas da manhã já o sol faz lembrar o sol do meio-dia em Portugal no Verão. A realidade é que aparenta tanta diferença e, na realidade, é tudo tão parecido.
Há mais gente a circular nas imensas ruas; o clima é mais quente; há mais palmeiras e coqueiros nos separadores das enormes avenidas enfeitadas com imensos fios elétricos que parece decoração de Natal; ouvimos o piar rouco dos pássaros a parecer que fazem troça de quem não tem asas; as igrejas (parecidas com as portuguesas) estão repletas de pessoas à noite (coisa muito estranha em Portugal); as abelhas indígenas não têm ferrão; os carros nunca param nas passadeiras para peões - obrigando a aumentar a atenção de quem anda a pé; o cheiro a fritos é normal e a correria das pessoas compensa a gordura acumulada. A realidade é que, mesmo com estas diferenças, o falar mais adocicado do português e o sorriso sempre mais aberto brasileiro faz-nos sentir em casa. A minha pátria é mesmo a minha língua e assim me sinto em casa, pelo que está certo e pelo que está errado.
A burocracia é igualmente abstrata e não quer saber das necessidades das pessoas, tal como em Portugal. Somos emocionais, mas aumenta os números das pessoas sem abrigo (aqui chamam “moradores de rua”) como em Portugal. Partimos de ideias feitas tanto no Brasil como em Portugal. Poucos se preocupam com a política, confundindo com partidos, ou militância, tal como em Portugal.
Ainda ontem, na Biblioteca Pública Municipal da Prefeitura de Campinas, a diretora da Biblioteca, dizia que finalmente, depois de tanto tempo a pedir à Prefeitura que mudassem as lâmpadas da enorme sala de leitura, veio um funcionário fazer o arranjo. Estava a Diretora a lamentar-se pelo atraso e por ter aparecido apenas um funcionário que levava mais tempo e que atrapalhava o funcionamento da Biblioteca, quando logo lhe disse: “- Estou a sentir-me em Portugal com este ambiente!” - provocando uma enorme gargalhada da senhora.
Infelizmente não é anedota. Tanto no Brasil como em Portugal o poder político não faz opções de acordo com as necessidades da população, nem com uma visão de futuro. As opções, ou as medidas, pautam-se pelo partidarismo e por outros critérios que não são entendidos pela população nem pelas necessidades da comunidade. Pelo menos é o que aparenta, por isso há necessidade de termos mais informação e essa é a verdadeira razão do nosso jornal O Ponney.
Nesta direção, apresentamos o artigo «CIMPOR - POLUIDOR OU MECENAS ?» onde juntamos toda a informação pública para que possamos fazer a análise de uma questão muito relevante: a saúde dos conimbricenses. Os dados são apresentados para que possamos perceber o que se está a passar em Coimbra.
De Coimbra passamos para uma visão mais internacional, com o artigo «HIPOCRISIA AMBIENTAL». Onde é relatado os enormes crimes ecológicos aqui no Brasil com a colaboração de muitos países que se dizem defensores da sustentabilidade como a Noruega. Um artigo que nos dá dados.
Da sustentabilidade passamos para o ato de comunicar. Desta vez com uma entrevista a um dos grandes comunicadores de Campinas: «ENTREVISTA COM O GRANDE COMUNICADOR NELSON MARQUES», que nos traz a verdadeira função de um comunicador e uma certa ponte entre Coimbra e Campinas.
No artigo seguinte desvendamos um assunto que não está no radar da comunicação social no artigo «SETE EUROS E SETENTA CÊNTIMOS PARA OS BOMBEIROS». Este artigo faz-nos questionar sobre qual o critério dos políticos eleitos. Estranho e verdadeira vergonha.
No artigo que volta aos assuntos de Coimbra, a nossa colaboradora muito ativa, Rosário Portugal, pega nas diversas expressões de indignação dos conimbricenses e escreveu o artigo «INDIGNAÇÃO AUMENTA EM COIMBRA» explicando os erros que deveriam ser corrigidos e que, pelo contrário, parecem não merecer a atenção do executivo municipal - infelizmente.
Nos artigos de opinião, começamos com o artigo da nossa sempre presente Manuela Jones que nos traz « UM GRITO PELA HUMANIDADE». Um artigo que nos ajuda a ser mais envolvidos com a sociedade.
Depois temos o artigo de JR que nos testemunha uma viagem de autocarro em Coimbra no seu artigo «RELATO DE UM UTENTE DOS SMTUC». Pode servir para corrigir.
Rosário Portugal traz-nos o artigo «HÁ FÉRIAS “FÊMEAS” E FÉRIAS “MACHO”» para explicar que nem todos os trabalhadores são tratados da mesma maneira - nesta altura em que se deveria gozar as merecidas férias, onde há os que contam os tostões, os euros, as centenas ou os milhares.
Chamo a atenção para a notícia nacional «4ª EDIÇÃO DOS PRÉMIOS TÁGIDES» onde se deseja uma maior luta contra a corrupção.
O artigo de José Ligeiro, na área das curiosidades, destaca a necessidade de estarmos preparados para encarar a natureza e como podemos sobreviver numa situação onde nos falta o conforto. Destaco os conjuntos dos artigos pelas dicas importantes onde o saber não ocupa lugar dados de uma forma de história pessoal.
O meu desejo para todos: Por favor, mais envolvimento na política não partidária!
Bom fim de semana!
José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney