Editorial 03-09-2022

 

Tvs , binários e outros cromos 

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"O riso é a mais antiga e a mais terrível forma de criticar"

Eça de Queirós

 

 

A palhaçada do casamento do senhor Bruno Carvalho, com a senhora Liliana, transmitido pela TVI, foi cá um gozo que até o Ponney ia perdendo um dente de tanto rir.

Manuel Luís Goucha – Ai Goucha, Goucha… - não se devia ter metido naquela vergonha. E o senhor José Eduardo Moniz, se não foi o mentor, não o devia ter consentido. São duas pessoas com provas dadas no jornalismo e que ficaram muito mal nas fotografias do casamento.

Sabemos que foi a TVI a pagar todo este regabofe, o que ainda nos deixa mais perplexos.  Vivemos sem dúvida num país de parolos embrutecidos, de pasmados, de bubus.

Há miséria em Portugal. Há crianças com fome. Há pessoas a dormir na rua e a TVI decide pagar um casamento de luxo, apenas e só, para captar público, numa guerra de audiências em que o “pornográfico” é prato forte.

Triste audiência e tristes aqueles que assistiram e aplaudiram.

 

Continuando com alguns dos tristes apresentadores das nossas televisões, focamo-nos agora, no senhor José Carlos Malato: vem este senhor - ele que não consegue dizer duas frases direitas -, todo risonho, fazer o favor de nos informar que se assume como não binário. Será decimal?

Binarice dele, nada contra…

Não sou letrada, aprendi alguma coisa na Física e na Matemática: aprendi os sistemas binários; as operações binárias e o sistema de numeração de binário, além de outros binários.

Na Música, há os compassos binários. Há binários na Informática, nas Ciências Exactas, na Arte e por aí fora….

O senhor Malato é um (des)composto muito interessante, e porque gosta de estar na ribalta veio surpreender-nos com sua informação.

O Ponney, que é matreiro e já quase com 100 anos, deu uns coices e fez cá uma chinfrinada, que nem vos digo nem vos conto.

 

Sabem, o Ponney é livre como os passarinhos (que não estão nas gaiolas).

Não tem partido político ou religião, e não “obedece” a certos padrões jornalísticos, não deve nada a ninguém. Como tal, está à vontade para ser “binário”, ou não “binário”, mesmo multinário!!!

 

Estas palermices fazem-me rir para não chorar.

A humanidade atravessa uma das piores crises de que há memória: guerras; fome; falta de água; ditadores sanguinários e outras misérias a caminho, e, em Portugal brinca-se aos casamentos e aos géneros (não musicais, nem matemáticos).

 

Em Coimbra terra de gente culta, que apesar de todas as travancas dos sucessivos governos, continua na vanguarda de muitos processos binários.

 

 Vivam os “comentadores” das pobres televisões, também elas binárias…

 

“Viva a estupidez”

 

Maria Leonor Correia.