Editorial 06/10/2023

A CORAGEM D’O PONNEY

O Ponney da semana passada assumiu a polémica de desmascarar o que de errado se anda a passar no governo autárquico de Coimbra e caiu o “carmo e a trindade”!

Por amor a Coimbra e não por paixão passageira de um desgoverno emotivo, O Ponney, assumiu os factos com a coragem que nos ensinaram todos quantos foram diretores deste jornal, divulgámos os erros.
Claro que este amor por Coimbra não nos cega em relação a outra parte da cidade com uma mentalidade de brandos costumes, submissa e apenas perturbada por alguns poucos soluços de rivalidade apaixonada pelo clube de futebol ou partido, onde se fixa no partido ou no clube sem querer entender de que lado pende a razão.

Ora é esta parte de Coimbra que não quer ver, ouvir ou falar quando o erro é apontado ao seu clube, família ou partido. Factos que informam o erro são considerados pelos visados como ‘maledicência’ ou ‘frustração por falta de tacho’.
Já aqui distinguimos, vamos repetir que a ‘maledicência’ é feita ao ataque sem provas e que ataca pessoalmente o visado, Muito diferente do que fazemos quando desmascaramos o erro da ação política.

Convém lembrar que desmarcarar o erro político, em tempos salazarentos, também era visto como “lesa nação” e “maledicentes difamadores”. Salazar queria fazer crer que todos os que o combatiam tinham adjetivos idênticos aos que querem rotular n’O Ponney.

Mas avisamos, todos os que nos querem calar, que não o vão conseguir e não lamentamos nada optarmos pela postura de isenção e liberdade. Quando cada um se cala é cúmplice de tiranias.

Coimbra merece muito melhor e por isso devem os erros serem apontados com a coragem lembrada por António Curado (também foi diretor d’ O Ponney, jogador, antigo estudante e presidente da Casa Académica do Porto – 1999) que escreveu num dos seus artigos para falar do fundador d’O Ponney:
«O consagrado CASTELÃO DE ALMEIDA, o mais famoso "dux veteranorum" da academia de sempre que para além das farras e noitadas, teve o talento de fundar, em 1929, o emblemático jornal "O PONEY", em cujas páginas, o seu humor e sátira, em simbiose, contundentes, não perdoava nem aos Lentes, às autoridades, ao governo e até às Comissões de Censura da época.» Ora é dessa coragem ‘contundente’ que não perdoava a quem tinha o poder que continuamos a honrar!

Por isso o nosso primeiro artigo em destaque vai para a «FAZER GREVE ENTRE FERIADO E FIM DE SEMANA - SIM OU NÃO?» refere o artigo a greve dos motoristas dos transportes municipais de Coimbra. Neste artigo é explicado a razão da greve e a razão para ser feita no dia de hoje de 6 de Outubro deste ano de 2023. Neste artigo são apresentados factos claros.

O segundo artigo foi escrito pela senhora Engenheira Agrónoma, Mara Braga, onde apresenta os erros e as suas soluções mais corretas. O artigo tem o título: «O EFEITO DAS ÁRVORES NA SAÚDE HUMANA E NA CIDADE». Em vez de os responsáveis se sentirem atacados, deveriam era procurar soluções corretas onde este artigo é um excelente ponto de reflexão.

Se o primeiro usa factos políticos, o segundo artigo fala das soluções científicas, já o terceiro artigo «UNIÃO SILVIÉTICA PODE CORTAR QUALQUER ÁRVORE ?» usa o humor e a piada para mostrar o erro na falta de transparência da Câmara de Coimbra - pode resumir-se na expressão popular “rir para não chorar”.

Como andamos todos em manifestações pela correção de erros, também temos um artigo sobre «A QUESTÃO DA HABITAÇÃO EM PORTUGAL» onde usamos um estudo para refletirmos sobre este problema importante em Portugal. Entre a baixa de rendimentos e os preços para habitação (arrendada ou comprada) onde fica a maioria com rendimento abaixo dos 800 euros mensais?

Terminamos os artigos de destaque com «DESOBEDIÊNCIA CIVIL EM COIMBRA». Neste artigo explicamos a diferença entre a ação cívica contra a imoralidade do poder e a ‘difamação’. A necessidade de esclarecimento torna-nos melhores cidadãos e inimigos de tiranias.

O artigo «CONTRIBUIÇÃO PARA O BEM-ESTAR PÚBLICO» tem como grande objetivo o projeto onde os cidadãos vão poder relatar as suas observações em ribeiras locais, os dados serão analisados, processados e contextualizados – e, finalmente, apresentados de forma significativa aos decisores políticos. Importante termos em atenção.

Publicamos também um relato de utente sobre o estado do serviço municipal de transportes públicos. Uma apreciação de alguém que usa os transportes públicos e que dá rosto à sua voz o senhor José Reis. É impossível não falarmos dos SMTUC se este problema afeta muito Coimbra! Desculpem-nos quem não usa os transportes públicos, mas para um ambiente melhor convém termos bons transportes públicos.

Como nem tudo são críticas n’O Ponney, publicamos o artigo de Manuela Jones que nos fala das lendas de Santa Clara no seu artigo de opinião «CONHECEM ESTAS LENDAS EM SANTA CLARA?» Aconselha-se muito este artigo aos jovens que já vão perdendo a memória.

O nosso colaborador assíduo, Adriano Ferreira - Pós-graduado e Conselheiro Autárquico para o Desenvolvimento de Coimbra, traz-nos mais argumentos para uma criação de área metropolitana em Coimbra. Vale a pena entendermos que Coimbra tem mesmo possibilidade de voltar a ser a terceira cidade mais importante em Portugal.

José Ligeiro traz-nos mais uns conselhos duros, mas com algum realismo sobre a sobrevivência. Na sua imensa diversidade n’O Ponney damos conta do Rally na Figueira da Foz que irá terminar este sábado com o artigo «FIGUEIRA DA FOZ RECEBEU A CARAVANA DO RALLY DE PORTUGAL HISTÓRICO».

Sobre a Académica damos conta pela escrita da Senhora Dona Isabel Vilão que dá os parabéns a um dos clubes de futebol da cidade.

Terminamos com um artigo de opinião de uma pessoa que assina em heterónimo e que me faz uma feroz crítica, enquanto Diretor d’O Ponney. Claro que aceito que a crítica não é dirigida à minha pessoa, mas apenas à minha ação enquanto Diretor do jornal O Ponney - por esta razão não considero nem maledicente, nem difamatória (contrariamente ao que está escrito no artigo), mas apenas uma crítica à linha redatorial do jornal que entendi publicar como exemplo de uma parte de Coimbra onde não me revejo de forma alguma!
Aconselho a que leiam com toda a atenção a crítica que é dirigida ao meu trabalho neste jornal.
Nesta crítica só assumo o facto de O Ponney não ser um jornal dirigido a crianças. Pois é dirigido a adultos que tenham maturidade para discernir sobre os assuntos da nossa sociedade. Tudo o resto não me revejo - argumentando que leiam O Ponney e que comparem a esta crítica.
A liberdade de ler ou não o nosso jornal é de cada um, ficando claro que a minha consciência profissional e o meu imenso tempo sem remuneração que dedico por amor a Coimbra me deixa em perfeita paz de dever cívico cumprido em cada edição d’O Ponney. Não recebemos publicidade de nenhuma instituição pública que necessita de parcialidade de opinião. Eu ainda trabalho “por amor a Coimbra; à camisola da independência, da liberdade e da democracia republicana” as criticas são bem vindas quando vierem fundamentadas. Todas as outras críticas, de que esta é exemplo, apenas vagueia numa tentativa de calar quem denuncia os erros que vão matando Coimbra.

Qualquer assunto que tenham ou que queiram partilhar, agradecemos que nos enviem para o endereço de e-mail d’O Ponney :
info@oponney.pt

Saudações conimbricenses;

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney