Editorial 07-01-2023

 

Política e políticos

 

Em política, a comunhão de ódios

é quase sempre a base das amizades.

Alexis Tocqueville

 

Ainda o ano vai uma criança e já as trapalhadas com os políticos nos assombram.

 

No governo, sucedem-se as nomeações (já é a 12.ª num governo de apenas 9 meses, ou sejam muito abortos) e infelizmente pelos piores motivos: corrupção; favorecimentos; crimes de colarinho branco e outros…

Apenas na altura do chamado PREC se viveu tal instabilidade governativa.

 

António Costa deve andar muito distraído, ou muito mal informado, com as nomeações  dos políticos que tem escolhido, pois parecem saídos de um país do terceiro mundo.

 

É verdade que os partidos políticos, todos eles, têm gente séria, mas também têm muitos politiqueiros que apenas estão interessados em protagonismo, ganhar um dinheirito na AR, terem mordomias e pouco trabalho.

Tem a AR 230 deputados. Que fazem, se são sempre os mesmos que estão na ribalta?

 

Marcelo Rebelo de Sousa também tem culpa, já que tem o dever de se informar sobre as pessoas a quem vai dar posse para os cargos políticos.

Infelizmente, também anda distraído e como sempre focado nos selfies e nos abraços; abraços, esses que acabam por nos asfixiar…

 

O custo de vida neste País está pelas ruas da amargura. Ir às compras é uma agonia.

Todos os dias os preços disparam sem que ninguém se importe e nem verifique se é especulação.

 

Como somos um povo de brando costumes, até que não nos chegue a mostarda ao nariz, vamos esperar para ver o que o futuro nos reserva.

 

Cá por Coimbra vai-se caminhando com a lentidão a que o “metro Mondego” nos obriga.

Ainda bem que na Velha Alta a famosa e bela Universidade continua a ser um pilar e um orgulho.

 

D Académica, não me apetece falar. A tristeza é muita.

Mais uma vez, só o futuro nos dirá …

Imagem: Os Novos Ministros - Raphael Bordallo Pinheiro - 1890 - Retirado da net

 

Maria Leonor Correia