Editorial 08/11/2024
O MISTÉRIO
O mistério parece ser um tema de eleição na nossa cidade de Coimbra.
Desde que D. Dinis ordenou a implantação da Universidade na pacata e nostálgica (na época) cidade de Lisboa e que a soluços e muito contrariado, D. Dinis, a mudava para Coimbra por imposição dos habitantes de Lisboa, os “mistérios” de Coimbra nunca mais terminaram.
Só fixada nesta nossa cidade, a Universidade, pela mão real de D. João III que a fixou definitivamente em Coimbra no ano de 1537. Apesar do mistério de as “altas individualidades”, continuarem a pressistir no erro de considerarem que foi D. Dinis que a desejava em Coimbra, ou baralharem a formação da Universidade (na época “Estudos Gerais”) com a fixação em Coimbra. Os mistérios nunca pararam de acontecer nesta vetusta Coimbra.
Também o ditador, Salazar (de referir o nome para os mais esquecidos e para não confundirem com outros ditadores), considerou que era Guimarães a cidade “berço da nação” alterando a verdade. Pois Guimarães foi o berço do fundador de Portugal, D. Afonso Henriques, nunca da nação que é Portugal. Essa foi em Coimbra onde D. Afonso Henriques desejou fazer o seu sono eterno, tal como seu filho e herdeiro do trono de Portugal D. Sancho I e que misteriosamente foi perpetuado o erro criado pelo ditador. Misteriosamente as “altas individualidades” de Coimbra nunca reivindicaram a verdade que, naturalmente, separa o ser humano ao poder que tem.
Pois esta é a visão de alguém do “Japão” que vê a cidade ao longe e no seu todo onde continuam os “mistérios” de Coimbra"in perpetuus motus". Os chamados "estudantes boémios" saem da cidade, restando um pequeno punhado que se cansam de lutar sozinhos e que mais tarde ou mais cedo abandonam as suas lutas por falta de quórum.
O Ponney é, talvez o único, testemunho dessa irreverência perdida. Irreverência que não adormece no “cantar” das promessas, ou das ameaças, tocadas ao som do coro de “coimbrinhas” em refrão que repetem:“cala os erros, fecha os olhos à morte de Coimbra e dança ao toque de quem tem o poder”.
O Ponney não vai em marasmos nem alinha em “coros”, que nos continuem a desculpar os coimbrinhas, mas O Ponney, nesta minha versão, gosta demasiado do nosso Concelho para esquecer os erros que matam Coimbra.
Nesta sintonia apresentamos o artigo «MISTÉRIO NO URBANISMO DE COIMBRA» onde falamos de um mistério que não entendemos bem.
O artigo «CARTOONS QUE AMEAÇAM A DITADURA» trazem as questões que ameaçam a Democracia mundial.
A entrevista ao nosso amigo Sancho Antunes que dá voz à reivindicação: «JUSTIÇA E TRANSPARÊNCIA, SERÁ QUE ISSO INCOMODA ASSIM TANTA GENTE?», que O Ponney também quer saber a resposta.
O artigo «SERÁ CRENÇA NA INOCÊNCIA DOS ELEITORES?» aponta o erro de quem vota de olhos fechados.
O artigo «O LABIRINTO DO MOSTEIRO» revela outro mistério que tende ao esquecimento.
Muitos outros artigos apresentamos e por isso desejamos que tenham um excelente fim-de-semana devidamente “iluminado” para estarmos mais esclarecidos.
José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney