Editorial 09-07-2022

Zeque4.png

FÉRIAS

 

Não me venham com a defesa “saloia” de que Portugal é o país das bananas – quando muito dos bananas! - só porque tem um presidente tido como símbolo do fruto gostoso que cresce em várias partes do mundo.

Não, não é. Nem, à semelhança do Brasil, é o país do carnaval Pior que isso, porém, é o país da brincadeira.

Não percebi ainda quem foi convidado para ir ao Brasil, se o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa se o TI Celito.

A fazer fé no próprio - o Presidente da República Portuguesa assinalou que o programa inicial desta sua visita ao Brasil só incluía Rio de Janeiro, para assinalar os cem anos da travessia aérea do Atlântico Sul, e São Paulo, para a Bienal do Livro. Depois surgiu o convite de Jair Bolsonaro para ir a Brasília – quem chegou ao Brasil foi o Presidente, mas quem de lá saiu foi o Ti Celito, depois das broncas – há quem lhes chame leviandades – do encontro com Lula, o amigo e patrono de Sócrates, e das duas garotas a que – eu não acredito – terá deitado o olho e convidado para jantar…

Contam os jornais que Bolsonaro ficou deveras aborrecido, de tal modo que nunca mais teve um sono descansado.

Não me conformo com que, a propósito de qualquer evento ou empresa, se empregam termos ingleses. Anda um grupo forte e coeso a lutar pela divulgação da língua portuguesa no mundo, para, cá na casa, andarem a estragar tudo.

Este remoque não vai só para a imprensa, mas, e também, para a Universidade e Politécnicos…

A inflacção sobe, o custo de vida está pelas ruas da amargura, mas há um banco que, depois de ter abortado, agora que se julga novo, anda a “oferecer” dinheiro para as pessoas irem de férias…

A temperatura sobe e escalda a todos os níveis: os incêndios ceifam os já parcos bens dos rurais, a água escasseia, o povo, a não haver inversão de medidas, poderá começar a morrer à fome e à sede.

Contudo, quem ouve o primeiro do país a falar – quer dizer a engolir letras e sílabas e a expelir algumas – julga viver num mar de rosas, quando se vive já num lamaçal de areias movediças, uma espécie de poço do almegue.

Por cá, pela cidade da Rainha Santa cujos festejos estão em grande, as coisas estão quentes: o problema dos SMTUC – um feudo – vai dar água pela barba ao presidente da edilidade. Penso – logo existo, mas também hesito – que terá pela frente uma grande batalha, quando – e quem está de fora racha lenha – poderia ter iniciado as coisas de outra maneira.

A Académica - sim, a ACADÉMICA-OAF – está a sentir a vida complicada. Para já, não tem campo onde actuar, e sem campo próprio…

BOLAS PARA TUDO ISTO! E digam lá se isto tudo não faz de Portugal o país da brincadeira em férias prolongadas!

ZEQUE