Editorial 09-10-2021

 

 

Incertezas

 

Depois das eleições autárquicas que ocorreram na semana feneceu no domingo que antecedeu este sábado, a situação política mudou e prepara-se para continuar de modo ainda não definido cada vez para pior.

Costa conseguiu manter a maioria das câmaras municipais, mas a sua situação política estremece a cada dia, pois sabe que o “escorpião”, que o tem poupado, o pode “envenenar” a qualquer momento.

Bem faz por continuar a aparecer constantemente nas televisões e noutros tipos de comunicação social; vê-se, contudo, que o sorriso já não é de vitória mas sim de derrota. Pior, ainda, a sua peixeirada na Assembleia da República com um deputado do PSD que o interpelou.

O país, que diz de contas certas mas não passam de “acertadas”, já mergulhou no vermelho, ou dito de outra maneira, no atoleiro. Tenho-o dito aqui alguns vezes; dizem-no agora, com forte assertividade, Cavaco Silva e António Barreto.

O seu braço direito - e mentor, Centeno – não deve poder continuar a “esconder” as contas do país, pois Bruxelas está de olho, e não vai deixar-se enganar como aconteceu quando Sócrates entregou o país a Passos Coelho, omitindo muitos milhões de euros do passivo do país. E Passos, claro, teve de ir além da troika…

Costa, também em queda no partido, vê-se na necessidade de mexer no governo. Só que os representantes das “famílias” instaladas não querem largar os mandos… Dilema – ou trilema – difícil de resolver…

A Costa vai suceder o mesmo que a Sócrates, menos, suponho, na parte da corrupção.

Por Coimbra, ainda sem metro nem aeroporto, Machado, ainda mais esgotado que o seu amigo e protector Costa, politicamente também deu a alma ao criador: deixa uma cidade porca e envelhecida de difícil recuperação; foi um político a tapar, mal, os buracos que iam acontecendo, sem um único vislumbre de futuro, sem audácia governativa. Foi um desastre, uma tempestade que se abateu sobre o concelho.

Dentro em breve, a cidade terá a governá-la outra gente, pessoas que creio audaciosa e com sentidos de futuro e poderão das à cidade o safanão de que precisa.

Dentro de dias, a cidade “terá” a nova maternidade. Costa prometeu, mas como nunca cumpriu em nada do que prometeu a Coimbra, a nova edilidade vai ter já um problema pela frente, o primeiro dos muitos que por aí virão.

Desejo-lhe sorte. Votei para isso!

 

ZEQUE