Editorial 10/05/2024

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A QUIMERA DOS MISTÉRIOS

Necessitamos de quimeras e de mistérios como de “pão para a boca”. É vital para o ser humano ter mistérios de conjuntos heterogéneos que nos alimentam a alma. Isso prende o muito pobre ao super milionário.

Por isso se inundam as redes sociais e os meios de comunicação com o caso do José Castelo Branco - por exemplo. Um homem que se veste de senhora, que casou com uma senhora milionária de muita idade e que agora está acusado de agredir a idosa senhora, sua esposa ou esposo. Enfim, eis uma quimera de mistérios, onde a figura central do drama, o alegado agressor, é uma clara ‘quimera’. Mas esta futilidade resulta numa discussão nacional sobre quem tem razão. De certeza que não muda o país, parece evidente que não muda a sua região e de certeza absoluta que não muda a sua vida, mas desvia a nossa dor. A dor que nos fez dar o primeiro berro após o nascimento e que nunca mais nos largam as razões para os berros. Ainda que muitos sejam “berros feitos de silêncio”.

Mas as “quimeras” distraem os mais necessitados da sobrevivência e desvia a atenção dos mais abastados sobre como manter as suas coisas. Embora pouco ou nada digam aos que olham mais para uma necessidade elevada das coisas.

Há, assim, os mistérios (no sentido em que tem causa oculta, ou nos parece inexplicável) que nos pode fazer pensar em como podemos mudar o país, a região e de certeza a nossa vida. Essa não pode ser “lixo” pois aponta o erro a quem tem poder para o corrigir - é essa a missão que entendi dar ao nosso jornal O Ponney.

Neste “universo” contamos a injustiça que vão praticar com os ordenados dos motoristas do MetroBus no artigo: «O MISTÉRIO DO ORDENADO PARA SER MOTORISTA DO “METROBUS”».
No seguimento das injustiças contamos a “quimera” com as reformas laborais. «A “QUIMERA” DAS REFORMAS LABORAIS».

Contamos que está a ser praticado um «CRIME SEM CASTIGO» e que deve merecer a nossa reflexão que nos pode mudar a vida.

Para um assunto mais polémico temos o artigo «A INTERESSANTE CAUSA DE APOIO A “GENERAIS”» resultante do discurso do Presidente da República sobre “Reparações às ex-colónias” que está a levantar muitas celeumas e a dar espaço aos partidos extremistas (direita e esquerda), o que não contribui nada para uma discussão séria. Sim, é verdade que foram cometidos muitos crimes na História humana. Não há um único país só vítima ou só agressor. Todos os países são predadores e, ao, mesmo tempo presas de outros países. É esta a História humana que o senhor Presidente esquece quando discursa sobre este assunto. Mas isso não nos pode impedir o uso da humanidade, da emoção e do Amor ensinado à humanidade por Cristo. Como cristãos, somos obrigados a estender a nossa mão a quem está a necessitar.
Claro que nos países de expressão portuguesa o povo (a maioria) vive com grandes dificuldades enquanto quem tem poder vive acima das suas necessidades. Isso faz-nos refletir de que ajuda é necessária dar dinheiro? Perdoar as dívidas e fazer a entrega monetária vai “reparar” a injustiça?
Penso que não, mas já a construção de escolas, hospitais, levar profissionais (formação técnica ou académica superior) para esses países (com pagamento do Estado Português) - aí já estamos a cumprir a História de Portugal, que é solução para diversos problemas. Uma relação forte com todos os países de expressão oficial portuguesa é que deveria estar a ser discutida (uma União Lusófona - à semelhança da União Europeia) em vez de nos pintarmos de ‘inocentes’ ou’ carrascos’ - pois pela informação da História, Portugal, assume os dois papeis ao mesmo tempo.

Terminamos os destaques com a “paixão” entre o Município de Coimbra e o IPN. Da “paixão” para a racionalidade trata o artigo «DOIDOS PELO IPN».

Depois temos os artigos de opinião emotiva de Manuela Jones que nos traz o testemunho dos portugueses emigrados de outros tempos para os novos tempos.

António Pinho é uma recente aquisição para ajudar O Ponney que nos traz questões. Desta vez o seu artigo de opinião trata sobre a Europa com um título engraçado, associando a Europa aos interruptores - umas vezes para cima outras para baixo. Para pensar com um sorriso.

Rosário Portugal fala-nos sobre esta coisa do teletrabalho e se veio para ficar. Numa abordagem mais geral. Cruzando a sua experiência e a dos seus filhos. Dois jovens exemplares que nos fazem ter esperança em Portugal do Futuro.
Paulo Freitas de Amaral trata sobre esta coisa de para “lá do Marão” numa ligação a um assunto, normalmente, escondido debaixo do tapete.

Muitos outros artigos que cada um poderá explorar nas nossas diversas áreas.

Bom fim de semana e boas leituras;


José Augusto Gomes
Diretor do jornal digital O Ponney