Editorial 12/01/2024

Editorial 12 01 24

 

EM BUSCA DA POLÍTICA PERDIDA

Os atos partidários começam a adensar-se e a ocupar cada vez mais os órgãos de comunicação social. A maior parte das vezes por uma mera questão de moda Eleições 2024. Fazendo desfilar as notícias usando e abusando dos tecidos partidários, considerando “démodée” a moda do que é político (do que governa a comunidade) em oposição aos padrões de interesses partidários.

Quem busca a verdadeira razão, deste desfile exuberante de atos partidários, percebe que já começou a propaganda partidária encapotada, sob diversas formas com o único intuito de passar a ter poder. Pouco ou nada importando o que deseja fazer com esse poder de forma clara.

O ataque ao vizinho é mais fácil para os atos partidários. Fica assim perdida a política em Portugal. Mas sejamos otimistas, vejamos o copo que ainda está meio cheio de esperança e que devemos procurar em cada um de nós.

O poder está nas nossas mãos - nunca nos deveremos esquecer disso. Também não deveremos esquecer que esse poder não morre na urna de voto - como nos vai lembrar o Quinquagésimo Aniversário da Revolução dos Cravos, na forma da data de 25 de Abril de 1974, lembrando-nos de que a Democracia é o escrutínio Livre que todos nós deveremos fazer aos eleitos.

Já o contrário do que representa o 25 de Abril é a falta de diálogo dos eleitos e uma obrigatoriedade cega de aceitar tudo o que o tirano impõe. Lutaremos sempre contra qualquer “erva ruim” que impeça o desenvolvimento da Democracia e da Liberdade.

No seguimento deste principio que deve orientar a Democracia, apresentamos o primeiro artigo com o título «NÓ NA GESTÃO DOS SMTUC» onde apontamos o que aperta os nossos transportes públicos. Na verdade, os transportes públicos devem ser uma das principais prioridades para defender a Ecologia, tão cara às políticas internacionais, mas que em Coimbra não está a ter o devido respeito e valor.

Assim como há um enorme desrespeito em relação a todos os distritos portugueses, exceto para estes «4 DISTRITOS QUE CONTROLAM PORTUGAL». O Ponney aponta este enorme desequilibrio no resultado das eleições que traz enormes e devastadoras consequências para a governação de Portugal. Vale a pena ler com muita atenção este artigo.

Das regiões, em Portugal, passamos para uma questão que a maioria de nós considerava assente: “quem tem a profissão de médico tem a carreira garantida com excelentes condições de vida”, mas, hoje, será mesmo assim? Por isso apresentamos o artigo «SER MÉDICO EM PORTUGAL COMPENSA?». Para pensarmos todos sem “vendas partidárias”!

Também não deveremos ter “vendas ideológicas” quando analisamos o que se passa na Ucrânia. Não é pelo facto de repudiarmos a invasão da Rússia, feita por Putim, que deveremos usar a bandeira do invadido país na lapela do casaco e recusarmos ver a «CORRUPÇÃO NA UCRÂNIA». Claramente não se pode ser faccioso!

Afinal ser-se faccioso é não permitir o dialogo, impor aos outros unicamente a sua perspetiva e levar avante todo o tipo de birra. O que nos leva a questionar «QUAL A POSIÇÃO DA CMC EM RELAÇÃO À AAC ?» aquando dos eventos do quinquagésimo aniversário do 25 de Abril de 1974. Um artigo para ler e para refletir sobre quem realmente fica a perder com uma atitude que, na nossa opinião, é oposta à base democrática e livre do conceito da Revolução dos Cravos.

É de política que falamos e por isso damos a voz a Paulo Freitas do Amaral que nos traz “dois num”. Isto é - dois artigos num único espaço. Juntamos estes dois escritos por o assunto comum ser a política e não os partidos.
Num primeiro momento, o autor, mostra a razão da indignação em subverter a História «INDIGNAÇÃO POR ADULTERAR A HISTÓRIA POLÍTICA DE PORTUGAL» e num segundo momento a pergunta que desmascara, mais uma vez, o desequilibrio nacional no artigo «PASSES BARATOS SÓ PARA JOVENS E LISBOETAS? E O RESTO DO PAÍS?». Quando lemos estes dois artigos facilmente nos apercebemos de que o assunto da política se sobrepõe aos apetites da “partidarite”.

O nosso estimado António Castelo Branco traz-nos um artigo que começa assim «Por muito que nos doa, é de facto angustiante o inevitável desaparecimento de tantas construções que dantes povoaram (...)» infelizmente bem encaixava aqui a palavra ‘Portugal’ no seguimento da frase. O artigo é muito interessante e acredito que nos faz pensar sobre a recuperação, ou não, da casa portuguesa. Devemos lembrar que o levantamento da casa portuguesa foi muito bem feito pelo arquiteto Raul Lino.

A nossa redação está, pouco-e-pouco, a aumentar. O que nos dá uma grande satisfação por saber que há mais gente a “trabalhar pela camisola” (para quem não sabe o que isso é - podemos dizer que é quase o mesmo que “trabalhar gratuitamente”). Por isso damos as boas vindas a Zé Pedro Lencastre Mourão que nos vai passar a trazer novidades da nossa Académica/OAF. Fica a estreia com o vitorioso título «VITÓRIA DA ACADÉMICA NO CAMPO DA MATA».

Com o seu bom humor e muita emotividade está escrito o artigo «A AVAREZA» que a nossa “Semper fidelis” Manuel Jones nos brinda com uma visão que nos lembra as histórias do passado que são importantes lições para o futuro. Quantos avaros se escondem hoje numa mentalidade mais...prática?

Terminamos o editorial a anunciar mais um artigo escrito por José Ligeiro que nos avisa e recomenda práticas de «SOBREVIVÊNCIA E PREPARAÇÃO» desta vez para quem tem carro.

Desejo a todos bons momentos de reflexão para os leitores que beneficiam de um jornal completamente isento e feito com o trabalho de quem o faz a “vestir a camisola”.

Agradecemos que partilhem as notícias que vos agradem mais.

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney