Editorial 17-12-2022
O tempo …e o Tempo de Natal
Diziam os meus Avós que o fogo, por muito violento que seja, se consegue sempre dominar.
Já, no caso da água, tal é impossível: há que deixá-la correr. E pelos caminhos que escolhe.
Vem isto a propósito das chuvas dos últimos dias e dos seus estragos.
O tempo é implacável.
Depois de uma seca severa, eis que, surge a chuva! E com que agressividade!
O País foi inundado, e imensas famílias perderam todos os seus haveres.
Há pessoas que muito dificilmente voltarão a ter o que tinham!
Comerciantes que viram todo o seu trabalho de anos desfeito em poucas horas.
Famílias inteiras que ficaram apenas com a roupa que traziam vestida.
E houve ainda a morte de uma senhora que não conseguiu sair da sua casa…
É impossível culpar quem quer que seja, apesar de há muito se saber que as drenagens das cidades estão obsoletas.
Construiu-se onde não se devia. O desordenamento das cidades e não só tem a assinatura da maioria dos lobbies instalados, conforme os governos.
A Natureza está enferma! O vírus que a consome há muito que tem uma vacina eficaz, mas a ganância e os negócios escuros recusam-se a administrá-la.
Até quando os homens que governam o Mundo se esquivam a dar mais importância à nossa Terra?
O tempo urge….
Neste tempo de Natal, muitas Famílias Portuguesas e muitas outras na Ucrânia, e não só, irão receber no “sapatinho” apenas LÁGRIMAS.
Por onde anda o Menino Deus, que deixa tantos milhares de crianças com fome e frio?
Por onde andam os Homens de boa vontade? Aqueles homens de que a humanidade tanto precisa?
Peço ao Deus Menino que neste Natal não traga mais sofrimento. Que traga a paz a todos os países em conflito.
Que os meninos como Ele tenham que comer e um lume para se aquecerem. Que todos possamos dizer “Glória a Deus nas alturas e Paz na Terra aos homens de boa vontade”
FELIZ NATAL para todos os meus amigos e leitores do Ponney, jornal onde reina a boa vontade.
Imagem retirada da net - Depositphotos
Maria Leonor Correia
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