Editorial 17/10/2025

QUE QUADRANTE POLÍTICO ORIENTA O PONNEY?

Bem sei que depois das guerras partidárias feitas de bombos, gaita-de-foles e berros, poucos são os que ainda têm paciência para ouvir falar de política. Bem sei.

Apesar de tudo isto, o que me leva a insistir em falar de política, é o facto de rotularem, erradamente, O Ponney de ser um jornal de Direita. Mas se não é de Direita, também não é de Esquerda. Pois um jornal não deve ter uma linha ideológica como têm que ter os partidos políticos e se os jornais nacionais têm essa linha ideológica, o nosso jornal não a tem.

No nosso entender, a responsabilidade de um jornal tem, por natureza da sua função, separar-se das ideologias políticas. Sim, como tem que ser um árbitro consciencioso. O árbitro pode defender o clube A, mas na sua função de árbitro tem que despir a sua bandeira e vestir o equipamento isento de árbitro.

A função do jornal semanal O Ponney tem o objetivo de isenção. Bem me esforço para isso. O que acontece é que quando as notícias agradam a A, os B dizem que somos apoiantes de A e o inverso também acontece.

Por isso O Ponney continua, por nossa política, sem querer apoios de qualquer tipo de poder político. Não temos espaço comprado por nenhum poder eleito. Esta é a nossa forma de vermos a liberdade jornalística que não faz fretes ao partido eleito ao poder, nem a qualquer partido - seja de Esquerda, seja de Direita.

A liberdade jornalística e a crença na esperança de Portugal, um dia, ter um governo mais transparente e mais negociador é a nossa missão enquanto eu for o diretor de O Ponney (que é esse o sentido republicano). Mesmo que tentem atacar o nosso grupo editorial. Acredito que seja esta a linha do nosso fundador e damos continuidade.

Nesta nossa missão apresentamos o artigo «LIMPEZA EM COIMBRA», onde o resultado das eleições refletiu uma governação da Câmara de Coimbra como não sendo a correta. Foi a opinião dos cidadãos do Concelho de Coimbra.

Outro dos grandes problemas que não foi resolvido, pelo anterior executivo camarário, foi o dos transportes. Nem a apressada inauguração de 5 quilómetros do “metroBus” foi suficiente para apagar da memória o mau funcionamento dos transportes urbanos municipais. A má gestão dos transportes municipais trazem graves consequências para o planeamento rodoviário e para o ambiente. Uma área, como a dos transportes urbanos municipais (SMTUC), implica muitas outras áreas do governo do Concelho e até ao nível de Distrito - se for bem planeado. Por isso trazemos para sua análise o artigo «PERIGOSA REDUÇÃO DE MOTORISTAS NOS SMTUC» de que serve haver mais autocarros se não há quem os conduza? Essa é a tónica que fazemos.

Numa ação de maior literacia juvenil lembramos que amanhã é Dia Nacional da Banda Desenhada. Justiça feita ao partido LIVRE que levou esta proposta à Assembleia da República e foi aprovada o ano passado. Temos que lembrar, mesmo que considerem de menor importância, a realidade é que o meio da banda desenhada poderia ser melhor aproveitado para a instrução pública. O artigo «LEMBRAMOS QUE AMANHÃ, É DIA NACIONAL DA BANDA DESENHADA» tem o objetivo de trazer um pouco mais de informação sobre este excelente meio de comunicação como é o da banda desenhada.

A esperança de um país mais próspero, tanto economicamente como socialmente, deve ser crítico em relação ao que de errado se passa. O artigo «PORTUGAL COM DUAS “ECONOMIAS”» denuncia os gastos de dinheiro público que impedem a canalização para as necessidades básicas de Portugal. Um Portugal que gasta demasiado e outro que não tem para as necessidades básicas.

Finalizamos, os artigos de destaque com um grito de esperança «PORTUGAL PODE SER MUITO MAIOR». Para lermos com atenção e saber onde podem encontrar mais ideias.

Depois apontamos a nossa tira de banda desenhada da Dani. Um inovador projeto de literacia em saúde. Um exemplo de como a banda desenhada se pode tornar um bom meio pedagógico.

Nos artigos de opinião iniciamos com a nossa sempre ativa Manuela Jones que nos traz um artigo sobre a exploração e silenciamento das mulheres no seu artigo «CALÇADA DE CARRICHE».

O artigo de opinião da professora Carla Marques sobre a «A IMPORTÂNCIA DO PCP PARA A DEMOCRACIA» que nos lembra que, para manter uma democracia, é necessário termos representação ideológica de diferentes quadrantes. Caso contrário, a democracia definha.

Terminamos os artigos de opinião com mais um artigo de Adriano Ferreira.

Que tenham um excelente fim-de-semana devidamente “iluminado” para estarmos mais esclarecidos.

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney