Editorial 19/01/2024

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“NÃO QUERO SABER!”

A expressão “não quero saber” irrita-me ainda mais do que “cala-te!”
Confesso-vos que as duas expressões me irritam, mas que a primeira irrita-me ainda mais.

«- Por que razão está este fulano a confessar-se?» podem perguntar(com estas ou outras palavras mais simpáticas).

É que para além de vos dar os pontos nevrálgicos para me irritarem, estas expressões, ainda criam um ambiente que impede, cada um de nós, de resolver os naturais problemas com o nosso sustento, com a nossa saúde e com o saber que deveríamos ter enquanto cidadãos a viver em Democracia.

Se cada vez mais pessoas disser que “não quer saber” e cada vez mais ouvirmos a ordem “cala-te”o caminho que estamos todos a traçar vai exatamente no sentido oposto ao ambiente de Liberdade e de Democracia que nos iniciou o 25 de Abril de 1974. Quanto mais pessoas se abstiverem de participar em melhorar Portugal e mais aceitarem a ordem para se calarem, mais contribuímos para a implantação em Portugal de uma tirania, ainda com maior risco do que votarmos num partido extremista de Esquerda ou de Direita. Mais importante para manter a Democracia e a Liberdade é recusarmos que digam “não quero saber” ou “cala-te”.

E é neste contexto que iniciamos o nosso primeiro artigo de O Ponney onde uma «TRABALHADORA DE LIMPEZA É PROIBIDA DE ENTRAR NO IEFP». Pois é! Na própria instituição que deveria promover o emprego.

Ainda neste registo, da situação laboral, trazemos dados que talvez ponham em dúvida a expressão muito usada em Portugal que diz «NÃO HÁ QUEM QUEIRA TRABALHAR!» e que serve slogans mais radicais, mas será mesmo assim?

A falta de políticas justas são absolutamente necessárias para que Portugal se desenvolva e o argumento, tantas vezes usado por políticos eleitos, é a de que não há verba para a aplicação da justiça nas diversas áreas base da sustentabilidade. O que talvez o problema esteja mais na gestão de verbas do que na sua falta. É este o nosso mote do artigo «BANCO PÚBLICO IMPEDE DESENVOLVIMENTO DE PORTUGAL».

O desenvolvimento português não depende apenas do capital. A maior riqueza do século XXI é o conhecimento, na sua mais ampla forma, e por isso trazemos o artigo «OS GOVERNOS PORTUGUESES QUE ATRASAM A CIÊNCIA» com a missão de pensarmos as bases que devem sustentar o desenvolvimento.

Neste escrutínio aos políticos eleitos que deve ser uma prática corrente e comum à Democracia e Liberdade trazemos o artigo «COIMBRA AINDA ESTÁ NO SOFÁ» para que possamos perceber que Coimbra tem todas as condições para ser uma referência nacional, mas que infelizmente tem muita coisa para mudar.

Se tudo corresse como com a recuperação da Académica/OAF, Coimbra estaria melhor. O artigo é escrito pelo nosso jovem colaborador José Pedro Lencastre Mourão que nos traz novidades do futebol regional com o título «JOGO DA ACADÉMICA/OAF CONTRA PÊRO PINHEIRO -A CONTAR PARA A JORNADA 16 DA LIGA 13».

Para que a gestão corra tão bem como os resultados de futebol, Sancho Antunes traz-nos o seu artigo de opinião com o título «O BOM GESTOR» com considerações sobre uma boa atuação na gestão de pessoas.

Rosário Portugal, a nossa mais resistente colaboradora, traz-nos «PRETENSIOSISMOS E VAIDADES» que critica a organização da nossa “Lusa Atenas”. Critica fundamentada num artigo do senhor presidente da Câmara e da Vereadora com o pelouro das obras.

Manuela Jones traz-nos mais um emocionante artigo sobre os 7 pecados capitais. Uma história verídica, mas com nomes inventados que nos traz a aplicação de erros que nos devem fazer refletir sobre a nossa própria vida. Neste caso traz-nos reflexões com o título do seu artigo de opinião «A CRUELTINA FEZ-SE SOBERBA COMO PECADO» é fácil adivinhar de que pecado capital falamos.

Terminamos com o artigo de José Ligeiro com o título «SOBREVIVÊNCIA E PREPARAÇÃO» onde desta vez nos prepara para que sejamos minimamente livres, preparados e equipados.

Terminamos com um pedido a todos os nossos leitores: nunca percam a esperança. A esperança é a base de toda a bondade.

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney